Com uso de plataformas digitais, rede estadual continua atendimento a estudantes com deficiência
- Detalhes
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) reuniu-se
com gestores e coordenadores regionais de Educação, por webconferência nesta
quarta-feira (25/3), para orientá-los sobre a Educação Especial no regime
especial de aulas não presenciais.
Criado pelo Conselho Estadual de Educação (CEE) de
Goiás na semana passada, o regime prevê aulas à distância nas escolas públicas
e privadas em todo o estado, até o dia 1º de abril, como medida preventiva à
disseminação do Coronavírus.
O trabalho dos profissionais de apoio e professores de Atendimento Educacional Especializado (AEE) segue normalmente, porém à distância, como esclareceu a superintendente de Modalidades e Temáticas Especiais da Seduc, Núbia Rejaine. Esses profissionais devem auxiliar o aprendizado dos estudantes com deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento/Transtorno do Espectro Autista e Altas Habilidades/Superdotação no aprendizado.
Trabalho em equipe
A superintendente ressaltou que o
plano de aula e a elaboração dos conteúdos são de responsabilidade dos
professores regentes de cada área do conhecimento. O professor regente deve
preparar, também, conteúdo adaptado para seus alunos com deficiência, de acordo
com as limitações deles.
O papel do profissional de apoio e
do professor de AEE, como explicou, é de mediar essa aprendizagem, acompanhando
de perto os estudantes da Educação Especial.
“O aluno de inclusão é um aluno de
todos os profissionais da escola. Ele não é aluno só do profissional de apoio.
E a responsabilidade pela aprendizagem desse aluno é de todos os professores,
toda a equipe escolar”, afirmou Núbia Rejaine.
EJA
Na webconferência, a superintendente anunciou que uma das
metas da Educação Estadual é ampliar, no segundo semestre deste ano, a Educação
de Jovens e Adultos na modalidade de semipresencial (EJA TEC). “No
segundo semestre, precisamos implantar a EJA TEC em cada município de Goiás.
Porque se hoje nós tivéssemos o EJA TEC de Ensino Médio estaríamos resolvidos.
Uma grande solução para nossos problemas hoje é a EJA TEC”, argumentou.
Essa modalidade de ensino foi lançada pelo Governo de Goiás no segundo semestre de 2019 e tem sido ampliada de modo gradual. Atualmente, há 15 escolas-polo no estado, situadas em Goiânia, Anápolis, Catalão, Ceres, Iporá, Inhumas, Formosa, Cabeceiras, Caldas Novas, Aragarças, São Miguel do Araguaia e Valparaíso de Goiás.
O EJA prisional e o EJA socioeducativo tiveram suas atividades interrompidas desde o dia 16 de março, quando a Secretaria de Estado de Saúde determinou a suspensão das aulas presenciais. Por conta da impossibilidade de acessar a internet no sistema prisional e socioeducativo, as aulas dessas modalidades deverão ser repostas futuramente.
Indígenas e
Quilombolas
De acordo a superintendente, há unidades educacionais
indígenas e quilombolas de diversas realidades. “Quem tem acesso à internet
está acompanhando pela internet; quem não tem, nós vamos montar um trabalho de
reposição e eles não terão prejuízo”, explicou.