Rede estadual prepara implementação das aulas não presenciais
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As escolas da rede pública estadual de ensino de Goiás já estão se preparando para implementar, nos próximos dias, as aulas não presenciais. Muitas delas vão aproveitar projetos e experiências em que envolveram seus alunos em estudos com o uso da Internet e de tecnologias em computadores e ou telefones celulares.
Experiências e práticas exitosas nascidas nas próprias escolas poderão contribuir para dar forma ao regime especial de aulas não presenciais, aprovado na terça-feira, 17/03, pelo Conselho Estadual da Educação de Goiás (CEE) e que deverá instituir nas escolas estaduais um sistema que possibilite o aproveitamento do ano letivo mesmo diante da necessidade das medidas para o combate à pandemia do coronavírus, como foi a decisão de suspensão das aulas nas escolas públicas e particulares do Estado.
Sobre esse sistema especial a ser implantado nas escolas estaduais, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc), por meio de suas superintendências, conversou com os coordenadores regionais e gestores das escolas em web-conferência nesta quarta-feira, 18/03. A Seduc encaminhará informações sobre como organizar o plano de atendimento além de orientar as escolas na produção de material e no planejamento das atividades a serem realizadas pelos alunos. A secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli, e o presidente do CEE, Flávio Roberto de Castro, participaram da web-conferência.
Questão social
A secretária da Educação, Fátima Gavioli, disse que toda a Secretaria está trabalhando muito no enfrentamento de situações novas, desafios novos a cada dia. E lembrou aos coordenadores regionais e aos diretores a necessidade de, cada vez mais, todos se familiarizarem com ferramentas e o uso de tecnologias em favor das pessoas e no desenvolvimento do trabalho.
A secretária também falou sobre as dificuldades enfrentadas pelos alunos e seus familiares durante o período de suspensão das aulas e de afastamento social. ‘Quando nós trabalhamos com a proposta de aulas online, atividades a serem feitas em casa, o uso do celular, do computador, para as atividades que seriam feitas nas escolas, estamos propondo e pensando no aproveitamento do ano letivo, mas também numa questão social importante”,afirmou.
O presidente do CEE, Flávio de Castro, falou que a partir da determinação dos órgãos de saúde do Governo de que não houvesse a presença de professores e estudantes em sala de aula, o Conselho se movimentou através de suas atribuições, possibilitando a aprovação do regime especial de aulas não presenciais.
Para ele, esse regime especial em que o professor trabalha de casa e passa aos seus alunos, cada um em sua casa, informações e conteúdos por meio de tantos canais que permitem a comunicação à distância, foi, na área da Educação, a melhor opção. Flávio também falou das dificuldades de todos, principalmente neste início, mas ressaltou a disposição do CEE de contribuir, orientar e apoiar as escolas da melhor forma possível.
Mobilização
Para a equipe de superintendentes da Seduc, as escolas estaduais, com o acompanhamento das coordenações regionais de Educação (CREs), deverão usar instrumentos, ferramentas, condições, técnicas, didáticas e metologias e construir propostas diante de sua realidade e de suas possibilidades. Assim, projetos que já tenham sido desenvolvidos, experiências já trabalhadas nas escolas vão contribuir muito na implementação das aulas não presenciais.
De acordo com orientações a serem emitidas pela Seduc e repassadas às coordenações e escolas, o plano de ação, previsto na Resolução do CEE, deverá contemplar um cronograma das atividades bastante alinhado ao plano, os componentes curriculares, os conteúdos e as metodologias de trabalho, separadamente por etapa, ano e série de cada turma.
Também lembraram que assim como os professores planejam no seu dia a dia na escola, neste momento, deverão planejar para essas turmas. Afirmaram que o importante é que as propostas da escola, com listas de exercícios, conteúdos interdisciplinares e, até mesmo, conteúdos do protocolo do coronavírus cheguem aos estudantes, em casa, e que eles consigam realizar as atividades e desenvolver seu estudo.
As superintendentes também ressaltaram a importância de que tudo seja registrado, até porque, as avaliações só serão feitas após o retorno das aulas. E, conversaram sobre a necessidade de que as aulas não presenciais alcancem o maior número possível dos alunos, lembrando o envolvimento das CREs em todo o processo, desde o acompanhamento da elaboração e execução do plano de ações até a mobilização das escolas, dos professores, da comunidade, para o sucesso da implementação do regime especial na rede estadual.
Participaram da web-conferência, as superintendentes de Educação Infantil e Ensino Fundamental, Giselle Faria; de Organização e Atendimento Educacional, Patrícia Moraes Coutinho; de Ensino Médio, Osvany Gundim; de Educação Integral, Márcia Rocha Antunes; e técnicos das áreas de Ensino Especial e de Formação de professores.
Goiânia, 20 de março de 2020.
Comunicação Setorial da Seduc