Governo de Goiás estuda implantar Escola Família Agrícola (EFA) em Campestre

Detalhes

Localizada em áreas dos municípios de Campestre, Palmeiras de Goiás e

Guapó, comunidade apresenta demandas por educação básica e de Ensino Médio

Atendendo a uma demanda dos estudantes, a equipe da Superintendência de Modalidades e Temáticas Especiais realizou visita ao assentamento Canudos. O objetivo é que, com a parceria entre a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc), a Prefeitura de Campestre e a comunidade, seja inaugurada na região uma unidade da Escola Família Agrícola (EFA).

A decisão de aumentar o número de Escolas Família Agrícola é uma das missões determinadas pelo governo de Goiás. Essa modalidade de ensino se adapta com as necessidades de várias regiões do estado e por isso foi determinado que esse seja um projeto emergencial.

Na visita, a equipe da Seduc foi informada de que na região não há escolas de Ensino Fundamental e Médio. A demanda por alfabetização, no momento, é atendida por uma iniciativa voluntária de alfabetização em família. Diante da necessidade, os membros da Superintendência de Modalidade e Temáticas Especiais liderados pela superintendente Núbia Rejaine propuseram a criação da EFA.

A EFA é uma modalidade pedagógica direcionada a estudantes da área rural que inclui a educação básica e profissional como forma de combater o êxodo rural. De acordo com a gerente de Educação do Campo, Quilombola e Indígena, Valéria Cavalcante da Silva Souza, existem hoje em Goiás três unidades de EFA em processo de regularização.

Para a viabilizar a criação de uma unidade de Educação do Campo no assentamento Campestre, a superintendente Núbia Rejaine deve se reunir com o prefeito de Campestre, Fabiano Queiroz Capuzzo. Além disso, a viabilidade de uso de uma área pública, anteriormente destinada à criação de uma escola, deve ser avaliada pela Seduc.

Matriarcas

 Segundo a gerente Valéria Cavalcante da Silva Souza, há uma demanda por parte das matriarcas da região para que os estudantes aprendam sobre os saberes e a sustentabilidade do campo. “Eles percebem que o estudante vai lá, aprende sob aquela perspectiva pedagógica da cidade totalmente desconectada de uma coisa que eles vivem no campo [...] É como se tivéssemos que expulsar eles aqui do campo” – afirma a gerente.

Para as mães, ouvidas pela equipe da Seduc, a criação de uma unidade escolar no assentamento aproximaria crianças e jovens do cotidiano da comunidade.

Compromisso

“O nosso intuito é garantir a esses jovens, que optaram pela formação técnica de nível médio na zona rural, uma formação de melhor qualidade, fazendo o possível para que eles voltem às suas comunidades aptos a contribuir com o desenvolvimento de sua região”, explicou ela.

Atualmente existem em Goiás três Escolas Família Agrícola (EFAs). Elas estão situadas nos municípios de Uirapuru (EFAU), Goiás (EFAGO) e Orizona (EFAORI). A EFAU possui 87 alunos oriundos dos municípios goianos de Crixás, Mundo Novo, Uirapuru, Nova Crixás, Mozarlândia, São Miguel do Araguaia, Bonopólis, Campinaçu e Araguapaz, além de Cocalinho (Mato Grosso).

Em Goiás funciona a EFAGO, que possui atualmente 38 estudantes matriculados. O público principal da escola tem origem em assentamentos rurais em Goiás, Itapuranga, Araguapaz, Itapirapuã, Goiânia, Trindade, Guapó, Baliza, Faina e Cocalinho, no Mato Grosso.

A EFAORI é localizada no município de Orizona e atende 80 alunos no curso técnico em Agropecuária. Para o próximo ano está prevista a criação de um novo curso: Administração Rural. Na escola estudam jovens de Orizona, Vianópolis, Luziânia, Varjão, Padre Bernardo e Bonfinópolis.

(Comunicação Setorial da Secretaria de Estado da Educação)

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