Quatro escolas estaduais de Goiás

serão cívico-militares a partir de 2020, dentro do projeto-piloto lançado pelo

governo federal em setembro de 2019. O programa atenderá 54 escolas em todo o

Brasil, localizadas em 23 estados e no Distrito Federal. Dessas, 38 são escolas

estaduais e 16 municipais.

De acordo com o Ministério da

Educação (MEC), cerca de 1.000 militares, tanto da reserva como da ativa, vão

participar do projeto-piloto, atuando na gestão educacional das instituições em

todo Brasil. 

Foi nesse clima que a secretária de

Estado da Educação, Fátima Gavioli, abriu o 4º Encontro Nacional de Colégios Militares

e de Bombeiros Militares, realizado em Caldas Novas.  “As quatro escolas ficaram no Entorno de

Brasília, e é lá mesmo que nós queríamos essas escolas, lá onde nós estamos

tendo tantos problemas de indisciplina, drogas e violência”, explicou.

As escolas escolhidas foram o Colégio

Estadual de Águas Lindas, na cidade de Águas Lindas, CAIC José Elias de Azevedo,

em Santo Antônio do Descoberto, Colégio Estadual Céu Azul, em Valparaiso de

Goiás, e Colégio Estadual Maria Abadia, em Luziânia.

Para a secretária, existe um

comprometimento com a formação de cidadania por parte dos Colégios Militares. Ela

lembra que esse compromisso está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDB) e na Constituição Federal. Para Fátima Gavioli, quando se fala

em modelo de escola que ensina a construção de cidadania, isso só pode dar

certo. 

Programa Nacional

Instituído pelo Decreto nº 10.004, de

5 de setembro de 2019, o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (PECIM)

será implantado pelo Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Ministério

da Defesa.

O modelo consiste em um conjunto de

estratégias direcionadas ao alcance da gestão de excelência nas áreas

educacional, didático-pedagógica e administrativa. Essas alterações serão

fundamentadas nos padrões de ensino adotados pelos Colégios Militares do

Exército, das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares.

Conforme o documento enviado ao

governador Ronaldo Caiado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, não se trata de uma conversão das

escolas civis em unidades militares, mas “de incorporar ao seu funcionamento as

boas práticas pedagógicas e administrativas de instituições que são referências

nacionais em matéria de desempenho escolar”.

A secretária Fátima Gavioli já

antecipou que o estado de Goiás sempre estará aberto para o projeto de escolas

cívico-militares “Em todos os anos que abrirem as inscrições, que o estado de

Goiás sempre tenha uma fatia maior dessas unidades escolares”, enfatizou.