Escola de Valparaíso incentiva a leitura por meio de imersão na cultura portuguesa
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No Colégio Estadual Marajó, aulas de literatura possibilitam contato lúdico com detalhes da história e das tradições lusitanas
Um mergulho pela cultura portuguesa por meio da literatura de grandes escritores lusitanos, como Luís Vaz de Camões, Fernando Pessoa, José Saramago e Almeida Garret. Assim, o professor de Língua Portuguesa e Literatura Geovane José Leandro, da Escola Estadual Marajó, em Valparaíso, mobilizou estudantes de quatro turmas da 1ª série do Ensino Médio para a produção da exposição ‘Epopeia Lusitana – Por mares nunca dantes navegados', realizada na unidade escolar nos dias 13 e 14 de novembro.
A
exposição, prestigiada por pais, escolas convidadas e outros membros da
comunidade, buscou representar cada detalhe da história, dos costumes e
tradições de Portugal, além de incentivar a leitura entre os estudantes. De
acordo com o professor Geovane Leandro, o projeto partiu da obra Camoniana ‘Os
Lusíadas’, dentro do estudo sobre as epopeias clássicas, para então oferecer um
convite à experimentação.
As representações
foram desde a história das Grandes Navegações a expressões culturais, como os
dialetos e as diferenças linguísticas entre Brasil e Portugal, as pinturas, o
azulejo – um dos principais ícones do turismo português –, além da moeda e da
biografia de artistas e governantes lusitanos.
Os alunos deram vazão à criatividade ao exibirem danças típicas, a moda antiga e contemporânea do país e aspectos da culinária – lembrada em itens como a sardinha, a broa tradicional e o azeite português. Também não ficaram de fora referências à música, recordada no fado e nas canções de um dos músicos portugueses mais conhecidos no Brasil, Roberto Leal, que morreu em setembro deste ano.
Interatividade
Trabalhar
com atividades interativas, que estimulem a criatividade e ao mesmo tempo
incentivem o gosto pela literatura, é uma prática pedagógica comum para o professor
Geovane Leandro, que desenvolve projetos semelhantes ao longo de seus 24 anos
de carreira e regência de sala de aula. Ele destaca o envolvimento e a
interação dos alunos com o projeto de imersão na cultura portuguesa. “Eles
foram extremamente receptivos e empolgados e queriam continuar com as
apresentações até hoje”, relata.
Para o estudante Gabriel Romeiro Santos, 15 anos, participar do projeto mudou totalmente seu campo de visão. “A experiência de poder navegar, visitar e conhecer sobre os mapas, culinária, vestimentas e economia mudou meu modo de ver sobre Portugal. Descobri que, mesmo por sermos ex-colônia deles, temos costumes bastantes diferenciados”, afirmou, ressaltando que a atividade o estimulou a querer conhecer o país ainda mais de perto. “Quero que Portugal esteja na minha rota de países para visitar”, frisou.