Governo de Goiás investe em programa de alfabetização de jovens e adultos nos dez municípios mais vulneráveis do Estado

Detalhes

Aula inaugural foi realizada na segunda-feira

(9/9). Seleção dos municípios beneficiados foi feita a partir de dados do

Índice Multidimensional de Carência Familiar (IMCF)

Atualizado em 20/9, às 12:14

A ideia da educação como propulsora de mudanças sociais e econômicas é a base do projeto ‘Alfabetização e Família: É Tempo de Aprender’, elaborado pela Secretaria de Educação do Estado de Goiás (Seduc) em parceria com o Gabinete de Políticas Públicas Sociais do Governo de Goiás.

O

programa pretende contribuir para a universalização da alfabetização e elevação

da escolaridade nas dez cidades mais vulneráveis de Goiás. A seleção dos

municípios foi realizada a partir de dados fornecidos pelo Instituto Mauro

Borges (IMB), responsável por produzir o relatório do Índice Multidimensional

de Carência Familiar (IMCF), publicado em 2018.

Segundo

o estudo, os municípios de Amaralina, Campinaçu, Cavalcante, Colina do Sul,

Heitoraí, Matrinchã, Monte Alegre de Goiás, Montividiu do Norte, Santa

Terezinha de Goiás e Teresina de Goiás são atualmente os mais vulneráveis do Estado.

O

projeto tem como público alvo os jovens, adultos e idosos e seu objetivo é

fomentar, a partir da alfabetização desses grupos, a construção da cidadania,

inclusão social e equiparidade. A professora Elisângela Borges, gerente de

Educação de Jovens e Adultos da Seduc, explica que o resgate da cidadania

caminha no sentido de dar a essas pessoas a “possibilidade de um futuro melhor

e menos desigual”.

Kits de material

Com

a finalidade de auxiliar na participação dos alunos no projeto, a Seduc montou

kits de material pedagógico para serem entregues gratuitamente aos

participantes. Os kits incluem cadernos, dicionários, tesouras, vidros de cola,

caixas de lápis de cor e de escrever, entre outros itens.

Um

olhar sensível por parte dos professores também faz parte da concepção do

projeto. Ao ampliar as chances de alfabetização para as pessoas que, em sua

maioria, nunca tiveram contato com os estudos devido às suas condições

econômicas, o programa pretende não ignorar o conhecimento popular já adquirido

e a história de vida de cada um dos beneficiados, assim como o espaço social em

que eles estão inseridos.

Para tanto, serão lecionadas ao menos 10 horas de aula semanais, entre três e oito meses. Durante o processo de alfabetização, os docentes não deixarão de respeitar o desenvolvimento individual de cada estudante.

Início

A

aula inaugural do programa foi realizada na noite da última segunda-feira (9/9)

em Montividiu do Norte, município que pode ser considerado o ponto de partida da

iniciativa. Durante visita à cidade, a primeira-dama Gracinha Caiado,

presidente do Grupo Técnico Social de Goiás (GTS), recebeu diversas solicitações

relacionadas à alfabetização dos moradores da região.

Ao ouvir as demandas da população, a primeira-dama percebeu a grande quantidade de jovens, adultos e idosos não alfabetizados e o desejo por uma emancipação social. As cidades de Amaralina, Colina do Sul, Cavalcante, Monte Alegre de Goiás, Teresina de Goiás serão as próximas a iniciarem o programa, com suas aulas inaugurais previstas para esta quinta-feira (12/9).

Errata: Em versão anterior, esta notícia informava, erroneamente, que o processo de alfabetização teria duração de oito meses. No entanto, o programa tem como meta inicial alfabetizar as famílias em três meses, prazo esse que pode ser prolongado conforme o desenvolvimento e a necessidade individual de cada estudante.