Grupo de 20 alunos da rede pública estadual é pré-selecionado para Olimpíadas Internacionais de Astronomia
- Detalhes
A próxima
etapa da competição inclui três provas online. A partir dessa etapa, os
selecionados farão provas presenciais
A rede estadual de ensino de Goiás é destaque agora
na 22ª edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) com 20
alunos pré-selecionados para as Olimpíadas Internacionais de Astronomia e
Astrofísica e para as Olimpíadas Latino-Americanas de Astronomia e
Astronáutica.
Para seguir para a próxima etapa da competição,
esses estudantes passarão por três provas online e aqueles que obtiverem os
melhores resultados farão posteriormente uma prova presencial, prevista para março
de 2020. É daí que sairão os representantes brasileiros nas duas olimpíadas.
Dos 20 estudantes pré-selecionados, a maior
representatividade está com o Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPMG)
Cezar Toledo, em Anápolis, que classificou sete alunos. O CEPMG Waldemar
Mundim, em Goiânia, teve quatro selecionados e o CEPMG Deputado José Alves de
Assis, em Itapuranga, três.
Os demais estudantes são do CEPI Professora Izabel
Chistina de Sousa Ortiz (Formosa), C. E. Jalles Machado (Goianésia), CEPMG José
Carrilho (Goianésia), CEPMG Vasco dos Reis (Goiânia), C. E. Senador José da
Costa Pereira (Orizona) e C. E. Américo Antunes (São Luís dos Montes Belos).
Nessa relação, um dos nomes que chama a atenção é o
do estudante Gilberto Gonçalves Gomes Filho, aluno do Colégio Estadual Jalles
Machado, que em julho deste ano foi a Salvador (Bahia) participar da premiação
nacional da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP)
2018.
Medalha de ouro na competição, Gilberto participou da
solenidade ao lado de outros 574 estudantes de todas as partes do país,
classificados na etapa final da competição. A cerimônia contou com a presença
do astronauta Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações.
Medalhas
Com mais esse resultado, o estudante Gilberto soma três
medalhas de ouro na OBMEP. O garoto, no entanto, já se acostumou com essas
conquistas. Em 2017 foi medalha de prata na Olimpíada Canguru sem Fronteiras e em
2016 conquistou medalha de bronze na Olímpiada Matemática sem Fronteiras. Especificamente
na OBMEP, Gilberto ganhou medalha de bronze em 2013, foi prata em 2014 e 2017 e
ouro em 2015 e 2016. Também se sobressaiu no Concurso Internacional de Cartas, promovido
pela União Postal Universal (UPU) e Correios, onde ficou em segundo lugar na
etapa nacional.
Outra estudante da rede pública estadual que promete
alcançar bons resultados na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica é
a jovem Bianca Scherer da Silva, 14 anos, aluna do 9° ano do Ensino Fundamental
no CEPI Professora Izabel Chistina de Sousa Ortiz, em Formosa.
Bianca foi a única selecionada de sua escola,
sobressaindo entre um grupo de 25 colegas que participam do Sirius Clube de
Astronomia, projeto criado em fevereiro deste ano com o objetivo de preparar os
estudantes para as provas da OBA. Um dos responsáveis pelo projeto, o coordenador
da área de Exatas no CEPI, professor Roberto José da Paixão Filho, destaca que
Bianca é uma aluna esforçada que tem sonhos e objetivos muito claros.
“Ter a Bianca pré-selecionada na OBA nos faz ver
que é possível ter um ensino público de qualidade; que é possível fazer e
realizar a partir de uma equipe comprometida com a aprendizagem e o sucesso dos
alunos. Essa foi só uma primeira conquista importante em nível estadual e isso
deixou a nossa equipe ainda mais animada para participar de outras olimpíadas”,
destaca Roberto.
Influência
Bianca Scherer da Silva conta que, a princípio, não
acreditava que se sairia tão bem nas provas da olimpíada. “O que eu menos
esperava era encontrar o meu nome na relação dos pré-selecionados. Foi como um
choque de realidade ver o meu nome entre vários outros de todas as partes do Brasil.
Foi uma surpresa que eu nunca imaginei que aconteceria e eu só tenho a
agradecer ao CEPI por essa conquista. Sem o apoio deles, eu não teria chegado
tão longe!”, comenta ela.
A adolescente acredita que estar entre os
pré-selecionados da olimpíada deve influenciar bastante na definição de sua carreira
profissional. “Sempre me interessei muito pela física e pela astronomia em si e
esse resultado foi o empurrão que eu precisava para entender que minha área de
estudo futuramente será nesse ramo”, conclui.
Sobre a OBA
A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
(OBA) registrou este ano a participação de mais de 800 mil estudantes do Ensino
Fundamental e Médio de todo o país. Segundo os organizadores, foram 18 mil
escolas inscritas. Os estudantes com melhor classificação em nível nacional
garantem o direito de representar o Brasil nas olimpíadas Internacional de
Astronomia e Astrofísica e na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e
Astronáutica.
A OBA é dividida em quatro níveis, sendo três para
alunos do Ensino Fundamental e uma para o Ensino Médio. A prova inclui dez
perguntas de raciocínio lógico, sendo sete de astronomia e três de
astronáutica. A Olimpíada é coordenada por uma comissão formada por integrantes
da Sociedade Astronômica Brasileira e da Agência Espacial Brasileira. No âmbito
da competição é realizada a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), que a cada
ano que passa empolga mais os estudantes.
Confira a lista dos alunos pré-selecionados para as Olimpíadas Internacionais de Astronomia e Astronáutica em 2020