Seduc oferecerá cursos técnicos profissionalizantes para reeducandos do sistema prisional
- Detalhes
Iniciativa será realizada em
parceria com a Secretaria Estadual de Segurança Pública. Entre os cursos
ofertados estão pintor de obra, eletricista, porteiro, manicure e recepcionista
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc), em
parceria com o governo federal, pretende oferecer cursos técnicos de curta
duração para os reeducandos do sistema prisional de Goiás. As aulas serão
ministradas dentro das unidades prisionais.
O objetivo da iniciativa é oportunizar a inserção dos
reeducandos na sociedade e no mercado de trabalho. Os cursos serão oferecidos
em parceria com a Secretaria Estadual de Segurança Pública por meio da
Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), que já está realizando
um levantamento sobre quais penitenciárias necessitam dos cursos e têm
infraestrutura para recebê-los.
As aulas serão ministradas por professores que
serão selecionados pela Seduc. O Ministério da Educação (MEC) já possui um
catálogo com os cursos oferecidos, que serão levados para cada unidade de
acordo com a demanda.
Certificado
Entre as opções que estão sendo analisadas estão os
cursos técnicos em pintor de obra, eletricista, porteiro, hortaliça orgânica
para ambos os sexos e manicure e recepcionista para mulheres. "Nossa
primeira experiência foi em Corumbá, onde ofertamos o curso de turismo de
aventura para os reeducandos, já que a cidade tem cachoeiras e um nicho de
trabalho para guias. Nossa demanda vem do sistema prisional e vamos atender de
acordo com a necessidade de cada presídio, podendo levar até mais de um curso
por vez", explica o gerente de Educação Profissional da Seduc, Andrei
Pires de Alcântara.
Os cursos terão carga horária que vão de 180 a 400
horas e, além da formação, o reeducando receberá certificado e uma bolsa
formação por hora-aula assistida, que é paga por meio de uma conta criada pela
própria Seduc. "A previsão é que o curso atinja 380 reeducandos, que foi o
que o MEC oportunizou dentro dos recursos que temos. O estímulo e vontade de
participar dessa formação é muito grande, pois tira o reeducando da ociosidade e
dá oportunidades de formação profissional”, comenta Andrei Alcântara.
O gerente também ressalta que esse tipo de
iniciativa promove a esperança de um futuro melhor, dá ao reeducando a
oportunidade de se inserir no mercado de trabalho quando tiver cumprido sua
pena e ainda ser visto de uma outra maneira pela sociedade.