Com a entrega de mudas de Ipê Amarelo, planta nativa do cerrado brasileiro, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc), por meio da Superintendência de Inclusão/Gerência de Apoio a Programas Especiais, encerrou a Roda de Conversa “Enfrentamento e Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, realizada nesta terça-feira, 28/05, dentro das atividades da mobilização nacional Maio Amarelo, cor da florada do Ipê.

Participaram do evento, além de representantes dos setores envolvidos no enfrentamento e combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, a secretária de estado da Educação, Fátima Gavioli, a superintendente de Inclusão da Seduc, Márcia Rocha Antunes, gerentes, diretores de escolas e servidores da rede pública estadual de ensino.

Nas falas dos mediadores, o destaque é a relevância do papel das escolas nos esforços de detecção, de denúncia e de encaminhamento às autoridades de casos de abuso e ou exploração sexual envolvendo crianças e adolescentes, alunos das escolas públicas. A Roda de Conversa integrou a campanha nacional “Faça Bonito”, representada pelo desenho de uma flor amarela, que simboliza o cuidado e a proteção devidos às crianças e adolescentes brasileiros e do mundo todo.

Fazer o bem
Na abertura, a secretária da Educação, Fátima Gavioli, lembrou a importância de movimentos, como as ações do Maio Amarelo, que sensibilizam as pessoas para fazerem o bem ao próximo. “Eu vim para Goiás para fazer o bem, eu vim para trabalhar. Estamos juntos para atravessarmos as dificuldades, para enfrentarmos os desafios, para alcançarmos as vitórias, e o que deve nos mover é um grande desejo de fazer o bem ao nosso próximo, principalmente, às nossas crianças e adolescentes, por quem devemos sempre persistir”, afirmou a secretária.

A superintendente de Inclusão da Seduc, Márcia Antunes, uma das mediadoras da Roda de Conversa, destacou a relação de afetividade que envolve professores, servidores e gestores de crianças e adolescentes que sofrem os abusos e ou a exploração sexual. “O que torna o nosso trabalho mais difícil e, ao mesmo tempo, tão importante”, afirmou. A superintendente falou sobre “O enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes: tecendo ações em rede”.

Os mediadores falaram de suas áreas de atuação e foram unânimes em valorizar a Educação, de maneira geral, e as escolas, de forma especial, no importante combate aos abusos e aos crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes, que nestas faixas etárias, são pessoas em desenvolvimento, como alertou o professor Édson Lucas, do Centro de Educação Comunitária de Meninas e meninos (Cecom).

Maria Luíza Moura Oliveira (Psicóloga, membro do Fórum Goiano de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes) falou sobre o “Panorama Histórico - Papel dos atores no sistema de garantia de direitos”. Maria Aparecida Alves da Silva (Psicóloga) discorreu sobre “Violências na 1ª infância – marcas indeléveis - Sintomas e sinais de violência”.

O “Acesso à Justiça - Depoimento sem dano” foi tema da fala de Mayara Batista Braga (Defensora Pública Titular da 1ª Defensoria Especializada em Infância e Juventude da Capital). Ana Eliza Gomes (Delegada da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) falou sobre o “Papel da delegacia no enfrentamento em relação ao Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes - O que pode ser configurado como violência”. E Rondinelly Ná Barbosa (Conselheiro Presidente dos Conselhos Tutelares de Goiânia) falou sobre o “Trabalho em Rede”.

18 de Maio
Instituído pela Lei Nº 9.970, de maio de 2.000, o dia 18 de Maio, desde então, é, no Brasil, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data é o marco de uma grande campanha, chamada Maio Amarelo que une instituições e pessoas, em todo o país, em atividades que sensibilizam para a importância do combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e, ao mesmo tempo, em prol da promoção do bem-estar das pessoas nestas faixas etárias, de forma especial.