Governo de Goiás estuda melhorias solicitadas por comunidades Kalunga
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Reunião aponta
mudanças no sistema escolar. Algumas delas poderão ser implementadas até agosto
deste ano
Representantes da comunidade kalunga da região Nordeste do Estado se reuniram com a secretária estadual de Educação, Fátima Gavioli, para apresentar propostas de mudanças para o sistema educacional das escolas quilombolas de Goiás.
Entre as solicitações está a mudança do calendário escolar,
que hoje segue o modelo padrão. A proposta apresentada prevê a criação de um
calendário diferenciado, onde sejam respeitadas as datas religiosas, artísticas
e culturais das comunidades.
Outra sugestão foi garantir mais pessoalidade à nomenclatura
das cinco escolas da região, que hoje são denominadas apenas por números. A
ideia é instituir nomes para cada uma das unidades escolares homenageando
personalidades da própria população kalunga.
A gestão educacional foi outro ponto discutido. As escolas
quilombolas da rede pública estadual na região Nordeste incluem cinco unidades
e 14 extensões, sendo um único diretor para todas elas. Os representantes
sugeriram que a Secretaria de Educação aumente o número de diretores, indicando
um nome para cada escola ou caso seja mantido um único gestor, que este seja
kalunga, de forma a garantir maior representatividade dos povos quilombolas.
A secretária de Educação também apresentou, como sugestão, a
ampliação do número de refeições diárias oferecidas às crianças e jovens
matriculados nas escolas da rede estadual na região. Para isso, será estudada
também a possibilidade de alteração no horário de funcionamento das unidades, a
fim de oferecerem duas refeições ao invés de uma, como atualmente.
Políticas sociais
Outras ações em prol da comunidade Kalunga que estão em
andamento, estabelecidas pelo Gabinete de Políticas Sociais do Governo de
Goiás, são a erradicação do analfabetismo no território Kalunga e a busca por
melhorias nas áreas de energia elétrica e de tecnologia.
Fátima Gavioli afirmou que todos os pontos debatidos serão
analisados e o que for possível será implementado. Ela estabeleceu o mês de agosto
como prazo para que o novo calendário escolar seja finalizado. Quanto à mudança
de gestão, ela explicou ser necessário realizar um processo de qualificação dos
gestores antes que a mudança possa ser estabelecida.