Transferir Seduce para IEG é decisão técnica e garantirá economia de R$ 7,5 milhões, ressalta secretária da Educação

Detalhes


Fátima Gavioli explica que irá cumprir Constituição: “fazer mais

com menos” e otimizar gestão da Seduce, ao reunir estrutura administrativa e

pedagógica em um só local

Economizar

R$ 7,5 milhões com aluguel e despesas anuais é o resultado de decisão do

governo do Estado de transferir a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte

(Seduce) do imóvel locado no setor Oeste para sede própria no local onde hoje

funciona o Instituto de Educação de Goiás (IEG). “É uma decisão muito técnica.

Organizar a casa significa cumprir um artigo Constitucional que diz

'administrar e fazer mais com economicidade, com menos”, explicou a secretária

de Educação, Fátima Gavioli durante coletiva na manhã desta quarta-feira,

16/01.

A mudança,

que deve ocorrer dentro de

60 dias, é a alternativa encontrada para otimizar os recursos da Secretaria com

o reordenamento da rede estadual. “Não há menor

condição de pagar R$ 500 mil mensais, podendo chegar a R$ 700 mil com serviços

de limpeza, enquanto temos um prédio com 200 e poucos alunos”, avaliou. “Com

esse dinheiro podemos construir uma sede por ano.”

A economia obtida na

transferência da sede será reinvestida na rede estadual. O auxílio alimentação,

que tem um impacto alto na folha de pagamento, é uma reivindicação dos

servidores da Educação que poderá ser reavaliada. “Onde vou cortar, vai doer. Preciso administrar

fazendo economia para que possa apresentar ao governo de Goiás pedido de

retomar a discussão sobre auxílio alimentação”, argumentou. “Toda vez que eu

pedir alguma coisa para a educação, o governo vai me perguntar de onde vou

tirar o dinheiro. E eu tenho de dizer.”

Benefícios

e reorganização

Fátima Gavioli garantiu que não haverá prejuízos à população nem aos professores. “Preciso desse ajuste, preciso que a comunidade entenda. Não deixarei crianças sem aula nem professores sem modulação”, ressaltou. A decisão, reforça, é necessária. “E toda decisão implica numa revolução lá na ponta, mas estou pensando numa situação estadual.”

À frente da Secretaria

há apenas 15 dias, a secretária esclareceu que a decisão é técnica e foi

ponderada, levando em consideração a necessidade de se fazer economia e de

otimizar a Seduce. “Hoje estamos todos espalhados

dentro de Goiânia”, disse. Fátima refere-se ao fato de grande parte da

estrutura administrativa funcionar na Avenida Anhanguera, em frente ao Materno

Infantil, enquanto as superintendências de Ensino Fundamental, Ensino Médio e

Desporto estão em prédio anexo ao IEG.

Alternativas ao IEG

foram aventadas, mas a questão estrutural foi

fundamental na decisão pelo prédio do Instituto. “Quando nos mudarmos para o

IEG, e essa foi uma condição fundamental, vamos abrir o muro do anexo e estaremos

com toda a organização da Seduce em um único espaço”, relatou. “Sou

completamente envolvida pelas causas da educação, e tenho que ter racionalidade

para administrar essa educação.”

Alternativas

Não haverá

prejuízos para o início do ano letivo. Na próxima segunda-feira, 21, os 202

alunos matriculados nas cinco turmas do IEG para este semestre estarão em sala

de aula. “O trabalho está sendo feito de maneira que todos os estudantes sejam

remanejados para escolas próximas ao IEG”, garantiu a secretária, que formou

uma comissão para acompanhar de perto a mudança. A equipe oferecerá total apoio

aos pais e estudantes.

“Todo dia

tenho trabalhado nesse remanejamento da rede, na organização da rede. A

comissão tem quais são as escolas para onde esses alunos irão e quais são as

escolas que serão colocadas como opcionais para pessoas irem”, pontuou a

secretária.

Sem

transtornos

Para o ano letivo de 2019, o IEG tinha cinco turmas, entre salas de 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e de 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio em tempo integral.

Inicialmente, a Seduce havia oferecido duas opções para os alunos do Ensino Médio, que foram o Colégio Pré-Universitário (Rua 240, no Setor Universitário) e Colégio Estadual Olga Mansur (Rua 243, Vila Montecelli). Ambos ofertam a modalidade de Ensino Médio em tempo integral.

Para os estudantes de 8º e 9º anos, as alternativas foram o Colégio Estadual Dom Abel SU (Rua 260, Setor Leste Universitário), de tempo integral; e o Colégio de Aplicação do IEG, que funciona em área anexa ao prédio do IEG.

Mas durante reunião entre a secretária Fátima Gavioli e uma comissão de alunos, pais de alunos e professores nesta quarta-feira, 16/01, ficou acertado que todas as turmas serão transferidas para uma mesma unidade educacional, que será o Colégio Pré-Universitário.

Para os estudantes que optarem por outra instituição de ensino da rede estadual, as vagas estarão garantidas. Neste caso, o aluno deve procurar pessoalmente a Coordenação Regional de Educação, Cultura e Esporte (Crece) de Goiânia, na Rua R-17, nº 53, Setor Oeste, e informar a escola de sua preferência.