Diretores da rede estadual são escolhidos democraticamente pela comunidade escolar
- Detalhes
- Diretores eleitos pelos estudantes, pais de alunos, professores e servidores das escolas terão mandato de três anos
- São mais de 900 escolas que realizam a votação nesta terça-feira, com alto índice de participação da comunidade escolar
Nesta terça-feira (26/6), estudantes, pais de alunos, professores e demais servidores da educação vão às urnas para escolher de forma democrática o diretor de suas unidades de ensino. O pleito, que teve início às 7h30 e se encerra às 21h, é parte do processo de escolha democrática realizado pela Secretaria de Educação, Cultura e Esporte neste mês de junho em mais de 900 escolas. O voto é direto, secreto e facultativo.
O secretário da Seduce, Marcos das Neves, esteve, durante a manhã, em visitas a várias unidades na Capital, conferindo de perto o andamento do processo. “Em todas as escolas que visitei está tudo transcorrendo na maior normalidade. Temos um envolvimento excelente da comunidade escolar, cerca de 90% de pais, professores, servidores e alunos estão participando. Acredito que teremos um grande sucesso no final do dia”, ressaltou.
Instituída na rede estadual no ano 2000, a escolha democrática transformou a realidade dentro das escolas. “Antes nossos diretores eram definidos, por via de regra, por uma indicação política e não por merecimento ou por um trabalho pedagógico. A gestão democrática fez com que a escolha seja da comunidade escolar, o que significou um avanço”, observou o secretário.
Integração da comunidade escolar
Mãe do estudante Chander do Carmo Santana, a enfermeira Sônia do Carmo compareceu pela manhã ao Colégio Estadual Francisco Maria Dantas, no Residencial Mansões Paraíso, para votar. A integração família e escola, fortalecida pela escolha democrática, é enfatizada por Sônia. “É um processo ótimo, muito interessante. O diretor realmente precisa ser uma pessoa mais próxima da comunidade, do aluno, alguém que já conhece o dia a dia e participa da nossa realidade”, afirmou.
No Colégio Estadual Robinho Martins de Azevedo, Jardim Nova Esperança, são 1.288 estudantes e, para validar a eleição, é necessária a participação de pelo menos 111 pais ou responsáveis pelos alunos da unidade de acordo com a presidente da Comissão Eleitoral na unidade, Flaviane Ribeiro dos Santos.
Flaviane é professora de biologia e está na rede estadual há 14 anos, tempo em que tem acompanhado esses pleitos para escolha de diretores. Ela vê o reflexo do processo democrático no comportamento dos próprios estudantes. “Com a eleição, eles aprendem sobre a responsabilidade da escolha, a importância de conhecerem as propostas de candidatos e como a decisão deles pode definir tanto o futuro da escola quanto da sociedade”, diz.
Os alunos realmente aprovam e gostam da possibilidade de escolher seus diretores. “Nós conhecemos o dia a dia da escola, por isso é importante nossa participação”, salientou Amanda Sudário, estudante do 3° ano.
“Preciso registrar que minha filha me chamou insistentemente”, brincou o vigilante Roni Cardoso, na porta da sala de votação do Colégio Estadual Francisco Maria Dantas. Pai de Ana Clara Mota, estudante do 5º ano do ensino fundamental, ele parabenizou a gestão da Seduce pela iniciativa. “A eleição é uma ideia brilhante do governo, essa ação da escola deixou minha filha mais consciente, mais participativa”, assegurou.
Processo democrático
O processo eleitoral começou no dia 7 de junho com a publicação do edital, e é realizado de forma democrática e dentro do que rege a Lei. O principal objetivo é garantir que os novos gestores sejam capacitados para executar uma proposta pedagógica eficiente.
O processo é conduzido pela Comissão Estadual do Processo de Escolha Democrática dos Diretores, que tem como função acompanhar de perto todas as etapas da eleição. Participam do grupo alguns servidores da Seduce além de representantes do Conselho Estadual de Educação e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego).
O diretor eleito deverá indicar os membros do seu grupo gestor, obedecendo regras definidas pela Seduce. Compõem a gestão escolar: secretário escolar; coordenador administrativo e financeiro; coordenador pedagógico e tutor educacional. Todos os diretores eleitos serão submetidos a avaliações de desempenho, podendo perder o mandato caso haja alguma infração dos critérios estabelecidos para a ocupação do cargo, conforme constam no edital.
Unidades conveniadas, militares, indígenas e quilombolas, recém-inauguradas ou Centros de Atendimento Educacional Especial (CAEE) não participam das eleições para diretor. Nestes casos, cabe ao órgão estadual de Educação a decisão sobre o provimento do cargo.
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