Fica 2018 - Jardim de Cora Coralina recebe último encontro com realizadores do Festival

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O debate e o diálogo são pilares do Festival Internacional de Cinema Ambiental – Fica. Em sua 20ª edição, os fóruns de discussão e as oficinas ofereceram ao público e participantes do Fica um canal de troca e aprendizagem sobre os cenários do cinema e do ambientalismo a nível internacional. Este intercâmbio de experiências foi a marca do último encontro com os realizadores, que aconteceu na manhã deste domingo (10) no jardim da Casa de Cora.

As animadoras portuguesas Laura Gonçalves e Alexandra Rodrigues discutiram sua produção “Água Mole” ao lado de Emiliano Mazza, diretor de “Nueva Venecia”, e Guilherme Gehr, responsável pela animação carioca “Plantae”. Os filmes abordam, cada um à sua maneira, a resistência. Emiliano quis retratar em seu documentário a guerra que acontece na Colômbia desde que o primeiro espanhol pisou o território do país. Nova Venecia precisa se reerguer após enfrentar um massacre. A destruição também aparece em “Plantae”, que expõe as consequências do desmatamento. Em “Água Mole”, as cineastas abordam a tenacidade da substância, uma narrativa que se mistura àquela do impacto da construção de barragens.

O debate envolveu os métodos de cada cineasta para a realização dos filmes e foi seguido por uma discussão sobre representatividade e equidade de gênero na indústria cinematográfica mundial. Laura e Emiliana não conheciam o Festival e ficaram muito felizes de encontrar um espaço consolidado para a discussão da temática ambiental no Brasil. Elas acreditam que os fóruns e mesas de debate enriquecem muito o debate sobre ecologia, que é abordado de forma muito diversa nos filmes que compõem a mostra. Emiliano também não conhecia o Fica, e ficou encantado com a Cidade de Goiás que é tão acolhedora e diferente das cidades brasileiras que ele já visitou. O uruguaio adorou a transversalidade do Festival, que abriu espaço para assuntos como a espiritualidade em relação ao ambientalismo e ao cinema.