O Centro-Oeste e suas peculiaridades em exposição em Anápolis

Detalhes

 

  • A mostra “Centro e borda: que território é este?” traz trabalhos de 14 artistas, produzidos entre os anos de 1972 e 2014
  • Exposição está na Galeria Antônio Sibasolly
  • Mostra tem apoio do Fundo de Arte e Cultura, do Governo de Goiás

 

“Centro e borda: que território é este?” é a exposição assinada por Divino Sobral, vencedor do Prêmio Curadoria no 23º Salão Anapolino de Arte, cuja abertura acontece no dia 19 de maio, às 18 horas, na Galeria Antônio Sibasolly, em Anápolis. A mostra apresenta 36 trabalhos (pintura, fotografia, vídeo, vídeo-performance, LP, instalação, objeto e texto) produzidos entre os anos 1972 e 2014 por 14 artistas de diferentes gerações, todos com temáticas que remetem à formação da identidade da região Centro-Oeste do Brasil. O evento é uma realização da Prefeitura de Anápolis/Secretaria de Cultura e da Associação de Amigos da Galeria de Artes Antônio Sibasolly com recursos do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás 2016.

O conjunto de obras de diversas categorias, afirma Divino Sobral, abre reflexões sobre questões que atravessam o tempo e se agravam no presente: os conflitos permanentes causados pelos processos de colonização, ocupação e exploração dos potenciais do território; a ausência de direitos concedidos às populações pobres, negras e indígenas colocadas à margem; a falência do modelo de urbanismo modernista diante do descontrole e inchaço das cidades; as ligações entre agentes políticos e grupos econômicos que favorecem os interesses da indústria do agronegócio; as consequências das ameaças crescentes à natureza.

Para Sobral, que além de artista, é um pesquisador e crítico de arte de reconhecida atuação em todo país, Centro e borda, que território é este? coloca em evidência todo o processo de construção histórica desse pedaço de terra no interior do Brasil que, embora à margem do Sul/Sudeste, desenvolveu-se em todos os setores, inclusive no cenário das artes visuais, com uma produção elaborada “sobre as bases que fundamentam os discursos e as estruturas de poder que dominam e transformam a região”.

A mostra fica aberta à visitação entre 21 de maio e 6 de julho, das 8 às 12, e das 14 às 18 horas. Quem passar por lá neste período vai conhecer trabalhos dos artistas Aline Figueiredo, Bené Fonteles, Cildo Meireles, Dalton Paula, Elyeser Szturm, Enauro de Castro, Gervane de Paula, Humberto Espíndola, João Angelini, Marcelo Feijó, Miguel Penha, Milton Marques, Rodrigo Paglieri e Thales Noor.

23º Salão Anapolino de Arte

O Prêmio Curadoria é a inovação agregada ao Salão Anapolino de Arte na edição de 2017. A categoria foi criada com o objetivo de atrair a atenção desses profissionais, cuja função perpassa pela observação de tendências e o estabelecimento de diálogos, para o que estão fazendo os realizadores visuais do Planalto Central. O artista, pesquisador e crítico de arte Divino Sobral foi o vencedor com a proposta “Centro e borda: que território é este?”.

O 23º Salão Anapolino de Arte, com as ações agregadas ao seu formato, teve seu calendário estendido até junho deste ano.  Além da mostra principal, realizada entre agosto e outubro do ano passado, oficina e exposição coletiva dos trabalhos dos quatro premiados e mostra do Prêmio Curadoria, foram realizadas ações educativas para estudantes. O projeto atendeu, nas visitas pedagógicas guiadas, cerca de cinco mil alunos de escolas públicas e privadas.

 

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