Congresso internacional faz homenagem a dona Maria Antonieta

Detalhes

Mãe da secretária Raquel Teixeira recebe troféu in memorian por sua contribuição nas áreas de educação e assistência social

 

A secretária de Educação, Cultura e Esporte de Goiás, Raquel Teixeira, participou na noite desta sexta-feira, 6/10, da cerimônia de abertura do 4º Congresso Internacional Repacificar, que está sendo realizado no auditório da PUC/Goiás, no Jardim Goiás. A programação se estende ao sábado, 7/10, com palestras, painel e mesa redonda.

O encontro, realizado anualmente, vem se consolidando por reunir especialistas de grande renome nos cinco continentes com o intuito de debater e promover reflexões acerca de questões ligadas à cultura da paz e ao desenvolvimento humano. Entre o público alvo do evento estão professores da rede pública estadual.

Um dos destaques do 4º Congresso Repacificar foi a entrega do prêmio Kinjirô ‘Sontoku’ Ninomiya, criado com o propósito de reconhecer personalidades e instituições que contribuíram ou contribuem de alguma forma para o desenvolvimento humano.

Em sua primeira edição, o prêmio homenageou in memorian a pedagoga, filósofa e escritora Maria Antonieta Alessandri, que deixou um grande legado não só na área educacional de Goiás como também deu uma grande contribuição para a divulgação e consolidação da doutrina kardecista no Estado.

Mãe da secretária Raquel Teixeira, dona Maria Antonieta morreu aos 91 anos, em Goiânia. Fundadora da Irradiação Espírita Cristã, ela se destacou por sua imensurável contribuição nas áreas educacional e social aliadas à doutrina espírita.

Em nome dela e dos irmãos, Raquel Teixeira agradeceu o troféu In Memorian e destacou que a homenagem já podia ser vista como a pré-celebração do centenário de dona Maria Antonieta, que se estivesse viva faria 100 anos em 2018. Ela lembrou também o espírito de humildade que marcou a trajetória de vida de sua mãe, que se destacou na sociedade goiana por se dedicar à filantropia, assistência social e à propagação do estudo da doutrina kardecista.

“Uma das melhores lembranças que tenho de minha mãe é quando ela afirmava que ‘a fé sem obras é morta’ e que só a ‘educação baseada no evangelho de Jesus seria capaz de salvar a humanidade’. Carrego isso comigo como filosofia de vida e como missão de educadora”.

A secretária também ressaltou a importância do seminário no sentido de contribuir para uma sociedade melhor e para transformar as pessoas em seres humanos melhores. “Esse é um trabalho de construção muito importante”.

Além de dona Maria Antonieta receberam o prêmio Jadir Alves (in memorian), Antônio Almeida, Sakuo Saito, Sebastião de Oliveira Batista e Ricardo Oliveira Moura.

Doutrina kardecista como filosofia de vida

A pedagoga Maria Antonieta Alessandri faleceu em casa na noite de 14 de dezembro de 2009, vítima de infarto fulminante. Mãe da secretária Raquel Teixeira, à época deputada federal; do médico oftalmologista Eurípedes Figueiredo Alessandri; do professor do Conservatório de Música de Colônia na Alemanha, Clóvis Figueiredo Alessandri; e do terapeuta Marcus Figueiredo Alessandri, ela era viúva do médico Clóvis Figueiredo, primeiro cardiologista de Goiás.

Respeitada e admirada por todos por seu espírito fraterno e solidário, dona Maria Antonieta, desde a adolescência, dedicou boa parte de seu tempo às obras e ações de promoção social. Por conta desse envolvimento, deixou uma imensa obra filantrópica e educacional que inclui, entre outras instituições, a Creche Dorothéa Ribeiro Guimarães, Escola Espírita Tenda do Caminho, Pré-Escolar Bezerra de Menezes, Pré-Escolar Humberto de Campos, Instituto Educacional Emmanuel, Solar Colombino Augusto de Bastos (abrigo de idosos).

Mineira da cidade de Monte Alegre, dona Maria Antonieta nasceu no dia 20 de maio de 1918, filha do casal Vitório Alessandri e Isoleta Vilela Alessandri. Concluiu o Magistério em Uberlândia (MG), aperfeiçoou-se em Educação e Pedagogia em Belo Horizonte e estagiou no Instituto Pestalozzi, cuidando de crianças portadoras de necessidades especiais.

Formou-se em Pedagogia pela Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, e em Filosofia, na cidade de São Paulo, em 1945 casou-se com o médico cardiologista Clóvis Figueiredo e mudou-se para Goiânia. Aqui tiveram quatro filhos: Raquel Figueiredo Alessandri Teixeira; Eurípedes Figueiredo Alessandri; Clóvis Figueiredo Alessandri; e Marcus Figueiredo Alessandri.

Dona Antonieta integrou várias associações e clubes de serviço, onde sempre era requisitada como oradora. Realizava palestras em vários núcleos espírita da capital e do interior, bem como em outras unidades da federação e até no exterior. O trabalho social que realizou, juntamente com os seus companheiros de ideal, foi possível graças à compreensão, à boa vontade e ao imprescindível apoio de entidades governamentais, de empresas públicas e particulares e, acima de tudo, da generosa comunidade goianiense que sempre respondeu favoravelmente aos apelos da Instituição Filantrópica que participou.

Também se destacou por ser uma das fundadoras em Goiânia de uma das mais importantes obras de cunho religioso e social: A Irradiação Espírita Cristã, que hoje é mantenedora de 16 obras filantrópicas educacionais e doutrinárias, profissionalizantes e de promoção social. Foi ela quem doou o terreno, na Vila Nova, para a construção da sede própria da instituição.

Congresso e prêmio

O Congresso Internacional Repacificar é uma realização do Ninomiya Corporation em parceria com a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce), Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Community Mediation Services, Diário da Manhã, Fundação Nelson Mandela e Troia.

Em suas três primeiras edições, de 2014 a 2016, o evento priorizou temas relacionados à cultura de paz, mas a partir de 2017 passou a focar o desenvolvimento humano como temática principal com a justificativa de atender aos anseios de um mundo em transição marcado por fortes transformações de paradigmas.

Sobre o prêmio Kinjirô ‘Sontoku’ Ninomiya, ‘Sontoku’ (que significa pessoa virtuosa), foi o apelido de Kinjirô Ninomiya, um camponês nascido em 1787 na atual província de Odawara, no Japão, que se destacou por seu grande altruísmo e por seu exemplo de vitória por meio da educação e por ser um dos pioneiros como empreendedor social.

O prêmio marca a comemoração dos 230 anos de Kinjirô Ninomiya, cujo trabalho em prol da reestruturação econômica do Japão, no período conhecido como Era Negra, o tornou um símbolo nacional.

 

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