Estudantes do Tempo Integral apresentam propostas de aplicativos na 1ª edição do Bootcamp Low Code

Detalhes

As 23 criações serão inscritas no Hackathon Low Code, evento que compõe a Campus Party 2022

Foi com muita criatividade e inovação que as equipes de 23 Centros de Ensino em Período Integral (Cepis) da rede estadual de ensino encerraram, nesta sexta-feira (25), a 1ª edição do Bootcamp do projeto Hackathon Low Code.

Neste último dia de programação, professores e alunos apresentaram os resultados da prototipação de aplicativos. Além do nome do software, eles demonstraram os problemas que o produto combate, o público-alvo e as soluções que ele propõe. Ao todo, foram apresentados 23 protótipos, variando entre aplicativos para uso escolar ou que auxiliarão na dinâmica social das comunidades em geral.

As criações das equipes, agora, serão inscritas e apresentadas no Hackthon Low Code, evento que compõe a Campus Party 2022. O evento está previsto para os dias 15 a 19 de junho, em Goiânia.

“Play, Study & Learn”

Uma das ideias de softwares apresentadas nessa 1ª edição do Bootcamp foi o APP “Play, Study & Learn”. Desenvolvida pela equipe da professora Olívia Hortênsia Rodrigues Lopes, do Cepi Pedro Ludovico Teixeira, do município de Fazenda Nova, a proposta pretende dinamizar a rotina de estudos dos estudantes da unidade.

“O que nós observamos na nossa escola é a dificuldade dos alunos em criar uma rotina de estudos. Como eles estavam com essa dificuldade, nós resolvemos desenvolver um aplicativo de acordo com a BNCC, dividido em tópicos, que dentro o aluno tem listas de exercícios, conteúdos e jogos. O nosso diferencial são esses jogos, inseridos em uma página onde ele vai poder interagir de forma mais dinâmica para compreender o conteúdo”, explica Olívia Hortênsia.

A professora relata que essa foi a primeira experiência dela e de sua equipe em um evento de tecnologia. Inclusive, segundo ela, essa temática só foi inserida o currículo da escola no ano passado, durante a sua participação no curso “Criando soluções inovadoras: da ideia à prototipação”.

“Participar de um evento tão grandioso como esse, para os alunos está sendo ótimo. Ainda mais por sermos de uma cidade do interior em que não tinha esse contato com a tecnologia. Para eles é tudo novo e nós queremos repassar para a escola para a gente multiplicar e replicar”, relata a professora.

De acordo com Márcia Rocha, superintendente de Educação Integral da Seduc, a ideia do Bootcamp foi justamente incluir participantes com diferentes níveis de aprendizado, impulsionando as trocas entre as equipes.  

“O nosso entendimento era o de que nós tínhamos que ter níveis diferentes de estudantes para que um pudesse ensinar para o outro e houvesse as trocas de experiência”, relata Márcia. “E eu vejo que a gente atingiu o objetivo. Estudantes muito bons conseguiram fazer os seus projetos, conseguiram executar, e estudantes que chegaram aqui em um nível bem menor também conseguiram e aprenderam muito mais”.

Experiências

Nathan Mendonça, professor do Cepi Dom Veloso, de Itumbiara, ficou impressionado com tipo de experiência disponibilizado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (Sedi) e o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia/UFG).

Em sete anos que eu estou na educação eu nunca imaginei que a gente teria uma experiencia desse nível. Dá para ver que a SUPEI, a Seduc e a Sedi estão investindo na educação e na tecnologia para os nossos meninos irem além”, elogiou o professor.

Quem também se surpreendeu foi a aluna Karla Viana Borges, do Cepi Osvaldo da Costa Meirelles, de Luziânia. Matriculada na 1ª série do Ensino Médio, a adolescente se encantou com os desafios vivenciados ao longo do intensivo

“A gente fez o protótipo de um aplicativo que não vê a hora de colocar em prática e um carrinho, em 30 minutos. Nessa jornada, a gente pensou em várias possibilidades de criação até fazer e conseguir”, relembrou a estudante, orgulhosa.

Já para a jovem Nathália Prado de Lima Xavier, estudante do Cepi Lyceu de Goiânia, a imersão na tecnologia acabou se tornando uma alternativa de futuro.

“Eu admito que antes de vir eu não tinha tanto interesse e eu vim pensando nas possibilidades. Só que, quando eu cheguei aqui, que eu conheci e vi as palestras, eu me interessei muito. Eu vou procurar aprender mais sobre e quem sabe, no futuro, essa pode se tornar uma profissão”, previu a jovem.

Segunda edição

Para a superintendente de Educação Integral da Seduc, a experiência desse 1º Bootcamp gera uma série de expectativas para a próxima edição, prevista para o mês de maio. Na ocasião, professores de 30 Cepis, de diferentes regiões do estado, terão a oportunidade de participar. Assim como na primeira edição, eles deverão montar equipes de três alunos e auxiliá-los no desenvolvimento de protótipos de aplicativos.

“A gente tem um grupo que vivenciou e que vai levar essa notícia para a escola. Então, o grupo da segunda turma chegará bem mais motivado e até com mais curiosidade, com expectativas mais elevadas. E isso traz um desafio para a gente. Já estamos pensando em coisas para inovar, para fazer diferente no 2º Bootcamp e para preparar os meninos para a Campus Party, no Hackathon”, antecipa a superintendente.