Mais de 70 alunos da rede estadual são premiados na Olimpíada Nacional de Ciências

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Uma das medalhistas é estudante de Santa Rita do Araguaia e sonha em ser astrônoma e revela paixão pela divulgação da ciência

Mais de 70 estudantes da rede estadual de ensino de Goiás foram premiados na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) de 2020. Ao todo, 76 alunos receberam premiações, incluindo 9 medalhas de ouro, 10, de prata, 12, de bronze, e 45 menções honrosas.

A olimpíada tem como público-alvo estudantes de todo o país que estejam cursando 8º e 9º do Ensino Fundamental ou o Ensino Médio. O objetivo da ONC é despertar o interesse dos jovens pela ciência e identificar alunos talentosos para incentivá-los a ingressar nas áreas científicas e tecnológicas, seja nas universidades ou no setor produtivo. Para isso, a olimpíada aplica duas provas, uma da 1ª e outra da 2ª fase, com questões de Astronomia, Biologia, Física, Química e História.

A Olimpíada Nacional de Ciências em 2020 teve mais de 2 milhões de inscrições em todo o país e 60.000 somente em Goiás, das redes pública e privada de ensino. Na rede privada, 21 alunos receberam premiações.

Estudante premiada é apaixonada por Astronomia e divulgação da ciência

Gabrielle Carrijo Barbosa, estudante de Santa Rita do Araguaia, na divisa do Estado com Mato Grosso

A estudante Gabrielle Carrijo Barbosa, da 2ª série do Ensino Médio no Colégio Estadual Alfredo Nasser, de Santa Rita do Araguaia, na divisa de Goiás com Mato Grosso, contou que começou a se interessar pelas olimpíadas científicas após descobrir que algumas universidades oferecem vagas para medalhistas. Ela conquistou medalha de ouro na ONC.

“É uma coisa pouco difundida, mas tem como entrar em algumas universidades por meio de vagas olímpicas. Então comecei a participar das olimpíadas por isso. Em 2019, participei da Olimpíada de Língua Portuguesa e, em 2020, fiz a de Ciências”, relatou Gabrielle. Entretanto, é na área das ciências da natureza que a estudante encontrou sua verdadeira paixão.

“Eu brinco que sou uma cientista-artista, porque gosto de divulgar a ciência de forma mais acessível, de uma forma lúdica. Inclusive uso minhas redes sociais para isso. E a minha paixão é a Astronomia, quero seguir nessa área”, afirmou em tom de entusiasmo.

Laboratório de ciências do Cepi Pedro Gomes
Laboratório de ciências do Cepi Pedro Gomes, de Goiânia

Apoio dos professores e estudo individual para sucesso na Olimpíada Nacional de Ciências

Para participar da ONC, Gabrielle contou com o apoio de sua escola e especialmente de seu professor de Biologia, Daniel Alves. Em relação aos conteúdos cobrados nas provas da olimpíada, a estudante percebeu que a escola deu a base do conhecimento, mas sua busca pessoal e extraescolar pela ciência foram imprescindíveis.

“A escola dá uma base boa para o aluno, mas o estudante também tem que se engajar. Eu gosto muito de Astronomia e estudo muito por fora, então isso me ajudou bastante”, explicou Gabrielle. Ela conta que possui vários livros de Física e assiste videoaulas e filmes científicos para complementar seus estudos.

O estudante Dimitri de Sousa Costa, da 2ª série do Ensino Médio do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Lyceu de Goiânia, também foi premiado na olimpíada, com uma medalha de prata. Ele reconheceu a participação dos seus professores na concretização desse resultado.

“Essa medalha não é apenas pelo meu esforço, mas também pelo trabalho de meus professores do Lyceu. Estendo, ainda, aos professores de toda a rede pública goiana administrada pela Seduc, enquanto educadores que mantêm a esperança e, mesmo passando por um momento de crise, agem para desenvolver a Educação”, afirmou o estudante.

Estudante Dimitri, do Cepi Lycey de Goiânia
Dimitri de Sousa estuda no Cepi Lyceu de Goiânia e foi um dos premiados na ONC