Cursos profissionalizantes ofertados em parceria entre Seduc e SSP já formaram mais de 350 reeducandos em Goiás
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Oferta da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) é parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado pelo governo federal e implementado em Goiás pelas Secretarias de Estado da Educação (Seduc/GO) e de Segurança Pública (SSP/GO)
A parceria entre a Secretaria de Estado da Educação (Seduc/GO) e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP/GO) tem possibilitado aos reeducandos do sistema penitenciário de Goiás a chance de se profissionalizar. Somente nos anos de 2021 e 2022, foram 358 formandos em unidades penitenciárias de 15 municípios goianos.
Ao todo, foram oferecidos 23 cursos profissionalizantes como parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Dentre esses cursos estão formações para confeitaria; costura em máquina reta e overloque; horticultura orgânica; jardinagem; manicure e pedicure; padaria; barbearia; e ajudante de obras.
Na oferta de cada curso, coube à Seduc/GO a contratação dos professores e a aquisição dos insumos para a sua realização. Enquanto isso, a Secretaria de Segurança Pública proporcionou as condições necessárias para a realização, levantando quais penitenciárias possuíam infraestrutura e demanda para recebê-los.
“Esses cursos ajudam a suprir o tempo ocioso do preso. Além disso tem a qualificação profissional, já que ele é certificado. É um certificado de validade nacional, com o qual ele pode sair quando for remido e entrar no mundo do trabalho com maior facilidade”, explica o gerente de Educação Profissional da Seduc/GO, Andrei Pires de Alcântara.
De acordo com o gerente, a intenção do programa foi justamente promover a capacitação para o mercado de trabalho, possibilitando o resgate da cidadania dos detentos após o cumprimento da pena. Além disso, a formação oferece oportunidades aos reeducandos, possibilitando a redução da pena e o acesso a uma bolsa.
“Ele (o detento) tem a remição da pena a cada dia trabalhado ou de estudo. E ele também recebe uma bolsa formação, com a qual ele pode ajudar a sua família ou guardar para quando sair do presídio”, esclarece Andrei.
Transformação na prática
A professora Renata Delmondes, responsável por ministrar as aulas do curso de Manicure e Pedicure, conta que, nos dois meses de formação, sempre ouviu relatos de como o curso representava uma possibilidade de transformação.
“Elas (as detentas) recepcionaram muito bem o curso, sempre participativas, falaram diversas vezes que estavam adorando a possibilidade de poder sair de lá e ter uma profissão que possibilita que trabalhem sozinhas e, assim, gerar suas próprias rendas fora do crime”, relata a professora.
Mesmo diante do término das aulas, Renata pode acompanhar na prática como as possibilidades geradas pelo curso se apresentam para as reeducandas. “Teve uma aluna que saiu em condicional e está atuando como manicure”, conta a professora, orgulhosa.