Secretária de Estado de Educação, vice-presidente da Undime e presidente do CEE realizaram uma live nesta segunda-feira (28/12) para encerrar o ano letivo de 2020

A secretária de Estado de Educação, Fátima Gavioli, o vice-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais (Undime), Marcelo Ferreira, e o presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE-GO), Flávio Roberto, realizaram uma live nesta segunda-feira (28/12) de encerramento do ano letivo de 2020 em Goiás. Na transmissão, os titulares fizeram um balanço do ano e parabenizaram os profissionais da Educação pela dedicação no Regime Especial de Aulas Não Presenciais (Reanp).

Os assuntos debatidos foram as adequações das metodologias de ensino durante a pandemia, o esforço para alcançar a maior parte dos estudantes e a validação do ano letivo por normativas do CEE. Foi comentado também a possibilidade de retorno gradual às aulas presenciais em 2021, com 30% da capacidade das escolas. Mais de 600 professores, coordenadores regionais, gestores e servidores administrativos acompanharam a transmissão.

“Acredito mesmo que a união fez a força, porque nós conseguimos chegar nas escolas indígenas, calungas, nas EFAs, Apaes, escolas em tempo integral, em tempo regular, municipal, estadual e rede privada. Estava todo mundo, de alguma forma, sendo assistido”, afirmou a secretária Fátima Gavioli.

Mesmo em comunidades sem acesso à internet, os alunos da rede estadual de ensino continuaram estudando por meio de materiais didáticos e atividades impressas entregues pelas escolas. Além disso, o Governo de Goiás transmitiu aulas do programa Seduc em Ação na TV Brasil Central e nas rádios Brasil Central AM e FM, todos os dias, de segunda a sexta-feira.

Avanço histórico em 2020

Sem negar as dificuldades do ensino não presencial durante a pandemia, o vice-presidente da Undime elogiou o trabalho feito pelos professores e pelos órgãos de Educação.

“É importante que esses momentos históricos nos ajudem a dar passos adiante. Essas mudanças repentinas assustaram muito as pessoas, mas nós cuidamos [da educação] com muito respeito. Nós conseguimos dar respostas modernas e adequadas com ferramentas que nem existiam, mas que foram criadas, metodologias de ensino que foram adequadas para este momento, e nós antecipamos o futuro”, afirmou o vice-presidente da Undime.

Validação do ano letivo de 2020

Em relação à continuidade das aulas apesar da suspensão das atividades presenciais, Flávio Roberto falou da importância da validação deste ano letivo pela implantação do Reanp. “Esse ano letivo tinha que ter validade, principalmente na rede pública, porque a rede pública recebe recursos. Então ela destinou os recursos para o que estava sendo possível fazer naquele momento”, argumentou o presidente do CEE.

Para nortear as redes de ensino nessa adaptação, o conselho publicou 20 resoluções em 2020. Uma delas regulamentou as avaliações das unidades escolares para que tivessem um caráter formativo e diagnóstico, e não meramente quantitativo, levando em conta a excepcionalidade da pandemia.

“Teremos o desafio grande no próximo ano letivo de verificar qual foi o processo de ensino-aprendizagem e qual é a readequação que nós vamos ter que fazer. É claro que você não passa por uma pandemia como essa sem ter perdas, disso estamos muito cientes. Sempre me falam: ‘Ah, vocês não atenderam todo mundo’. Mas nós atendemos quase cheio, mais do que 90%. Eu penso muito mais nisso do que em atender ninguém”, argumentou Flávio.

Retorno presencial em 2021

A secretária de Educação informou que está sendo elaborado um plano de retomada às aulas presenciais para o início de 2021, de forma híbrida, contemplando 30% da capacidade das escolas. A preferência é pelo retorno de estudantes da 2º e 3ª série do Ensino Médio, 9º ano do Ensino Fundamental e alunos sem acesso à internet ou que não tiveram acesso às aulas remotas em 2020. “Não é obrigatoriedade, é sugestão de retomada”, ressaltou a secretária.

Sobre a manutenção das aulas presenciais suspensas em Goiás, em virtude da Covid-19, a secretária e o vice-presidente da Undime concordaram que essa foi a melhor decisão para o contexto da pandemia.

“Enquanto outros estados cometeram irresponsabilidades de retornar às aulas de qualquer jeito, colocando professores em risco, aqui em Goiás nós, de forma uníssona, ficamos sempre mais preocupados com a vida das pessoas. Demos uma lição de cidadania ao considerar a vida do outro mais do que outra coisa qualquer”, defendeu Marcelo Ferreira.

Plano Estadual de Educação

Esta ação atende a meta 12 do Plano Estadual de Educação