Secretária da Educação fala à RBC sobre o planejamento para o retorno às aulas presenciais
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Fátima Gavioli diz que está previsto inicialmente o retorno dos 8% dos alunos que não acompanharam as atividades online; mas tudo depende da aprovação da Secretaria da Saúde e do governador
Em entrevista concedida nesta quinta-feira, 18, ao radiojornal O Mundo em sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM, a secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli, informou que foi elaborado um planejamento para que o retorno às aulas presenciais, no período de 4 a 21 de agosto, seja inicialmente para os 8% dos alunos que neste período de pandemia não acessaram os conteúdos virtualmente e nem fizeram nenhuma atividade pedagógica, independente de ter ou não Internet. Em seguida, a pretensão é liberar as aulas presenciais para os estudantes da terceira série do ensino médio, por causa das provas do Enem.
Fátima Gavioli foi entrevistada por Jerônimo Venâncio e Rafael Mesquita. Ela explicou, porém, que o planejamento de retorno às aulas presenciais, elaborado pelo Gabinete de Crise, composto por diversos órgãos e entidades, não quer dizer que o setor da educação esteja preparado para voltar. “Nós não temos essa autoridade não. Quem vai dizer quantas pessoas e quando voltar é a Secretaria da Saúde”, afirmou. Entretanto, disse ser necessário entregar um planejamento para a Saúde e o governador Ronaldo Caiado, os quais terão a decisão final.
Reforço para o Enem na TBC
A secretária estadual da Educação afirmou que, no mês de julho os professores e alunos estarão em férias em Goiás. Mas como ninguém vai viajar, já que temos uma pandemia, a Seduc vai abrir o horário que tem na TV Brasil Central neste mês para exibir conteúdos de reforço destinados aos estudantes da terceira série do ensino médio, como preparação para o Enem. O programa Goiás Bem no Enem continuará sendo veiculado, mas contará, no próximo mês, com o reforço dos horários do programa Seduc em Ação, veiculado diariamente, em dois horários, na TBC.
Indagada sobre a possibilidade de retorno às aulas presenciais em agosto por meio de rodízio dos alunos, Fátima disse que o planejamento prevê a retomada de forma igual por parte das escolas das redes pública estadual e municipal e privada. Entretanto, ponderou que na rede privada, que conta com menor número de alunos em cada sala de aula, o sistema de rodízio será diferente do da rede pública por causa do tamanho das turmas. Adiantou que nas escolas estaduais o rodízio planejado será o seguinte: estabelecimentos com até 500 alunos, o estudante terá aula uma vez por semana; escolas com mais de 500 alunos, aula presencial a cada 15 dias.
Disse não ser possível continuar até dezembro somente com atividades remotas porque a legislação em Goiás, do Conselho Estadual de Educação, só permite o atual sistema até julho. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDB), que é nacional, prevê a possibilidade de menos de 200 dias de aula em caso de pandemia, mas não fala nas horas-aula. Ela defendeu que o aluno deva ir à escola pelo menos uma vez por semana para ser avaliado e entregar atividades.
Covid-19
Fátima Gavioli comentou no início da entrevista, o fato de ter sido diagnosticada com a Covid-19, mas de forma assintomática. Contou que está no segundo dia de isolamento, de um total de sete dias, e ainda não teve “nada de assombroso”. Ela se queixou de uma dor de cabeça, que exige tomar remédio constantemente, e de uma dor pelo corpo. “É como se eu tivesse malhado na academia da forma mais pesada”, comparou.
Disse que no momento que soube que estava com o coronavírus, todas as pessoas com quem manteve contato nos últimos sete dias foram testadas. A sede da Seduc foi fechada, também por sete dias, para passar por um processo de desinfecção. Mas Fátima disse estar bem, do ponto de vista emocional, e continua trabalhando normalmente, mas de forma remota. Ontem encerrou a última web às 21h30, e logo após conceder esta entrevista à RBC teria uma reunião virtual com o governador Ronaldo Caiado. “Isso vai passar”, garantiu.
ABC Digital