Professores de Niquelândia encaram desafios para garantir o ensino em regiões de difícil acesso

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Por conta das condições precárias das estradas e dos problemas causados pelo período chuvoso, professores da rede estadual têm trocado os carros por motos e, até mesmo, por montariasNo Colégio Estadual Professor Joaquim Francisco, extensão no povoado Machadinho, gestores, coordenadores e professores têm se desdobrado para garantir a realização das aulas não presenciais.

Localizada a mais de 120 quilômetros do município de Niquelândia, a unidade escolar recebe alunos da zona rural e de regiões de difícil acesso. A maioria sem acesso à internet e a outros meios de comunicação. Orientados pela gestora Maria das Dores Gonçalves, professores e coordenadores optaram por criar blocos de atividades impressas, de todos os componentes curriculares, de forma que os estudantes conseguissem compreender os conteúdos e tivessem condições de solucionar os exercícios sozinhos.

Definida a forma como as atividades seriam disponibilizadas, foi preciso decidir de que maneira os estudantes teriam acesso ao material. A solução, de acordo com a gestora, foi dividir os alunos por regiões. “Cada professor ficou responsável por alcançar os alunos de uma determinada região, pois assim o trabalho seria mais abrangente”, afirma Maria das Dores.

Distribuição das atividades
Os professores Josiel Leitão e Marlúcia Leitão ficaram responsáveis pela região da Mata Seca, localizada cerca de 15 quilômetros da unidade escolar. Cercada por rios e morros íngremes, a região se mostrou um desafio para os professores, que precisam enfrentar a lama e as irregularidades no terreno. Juntos, eles optaram por uma solução inovadora para realizar a entrega das atividades: usar a tração animal e avançar pelo terreno à cavalo. “Nos locais mais complicados, os professores tiveram que concluir o caminho a pé”, conta a gestora.

Para garantir a segurança dos professores e evitar que o trajeto fosse realizado diversas vezes, as entregas do material são realizadas quinzenalmente e em quantidade que corresponda às aulas desse período. Na região da Raizama, os professores Gabriel Martins e Elizete Bernardes adotaram outra estratégia. Para chegar ao local, que fica quase 20 quilômetros do colégio, os docentes estão utilizando uma motocicleta. Em razão da grande distância, as entregas também são feitas quinzenalmente, seguindo os critérios de segurança recomendados pelo Governo de Goiás e dos órgãos de saúde.

Quem também tem utilizado a moto para chegar até os estudantes é o professor Willlian Moura, responsável pelos alunos residentes no pré-assentamento Vida Nova. Com o grande volume de chuvas, alguns bueiros da região cederam e só tem sido possível chegar ao local de moto ou a pé. Para a gestora da unidade, os esforços dos professores tem sido motivo de orgulho. “Com essa força-tarefa, os educadores estão cumprindo a nossa proposta e não têm medido esforços para que os estudantes tenham acesso às aulas não presenciais em casa”, conclui Maria das Dores.

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