Fevereiro Laranja alerta sobre leucemia, câncer que afeta o sangue

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Sintomas como intensa palidez, febre, dor óssea e sangramento cutâneo (hematomas no corpo) indicam que o paciente deve procurar ajuda médica imediatamente.

A campanha Fevereiro Laranja alerta sobre a leucemia, câncer que afeta os glóbulos brancos. A principal característica desse mal é o acúmulo de células doentes na medula óssea, que é o local de fabricação das células sanguíneas. Em Goiás, do ano de 2010 a 2016, o Instituto Nacional do Câncer/Ministério da Saúde (INCA/MS) registrou 188 casos de leucemia – média de 32 casos por ano. Desses 102 foram no sexo masculino e 86, no feminino. A estimativa de casos novos para o ano de 2018, válida também para o ano de 2019, aponta para a ocorrência de aproximadamente 300 novos casos, no estado, uma média de 150 por ano.

A leucemia pode ter a forma aguda ou crônica. Na forma aguda, as células se multiplicam rapidamente provocando a morte das células saudáveis na medula óssea e sangue. Com isto, o paciente apresentará sintomas como intensa palidez, febre, dor óssea e sangramento cutâneo (hematomas no corpo), e se não tratado, virá a óbito em poucas semanas.

“A forma aguda é considerada uma emergência médica e o paciente necessitará começar a quimioterapia rapidamente”, alerta a hematologista do Hemocentro, Alexandra Vilela Gonçalves.

Na forma crônica, as células se multiplicam lentamente e os sintomas podem demorar muitos meses para aparecerem. Esta forma também requer diagnóstico e tratamento específico, mas os sintomas são menos intensos.

Os tratamentos indicados para a leucemia dependem do tipo e extensão da doença. A pessoa pode fazer quimioterapia, imunoterapia, radioterapia, transplante de medula óssea ou a associação de diferentes tratamentos.

Transplante

O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais da medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável.

Em Goiás, o cadastro de doadores é feito no Hemocentro. As células coletadas do doador para o transplante são cadastradas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), que reúne informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas etc) de voluntários à doação de medula para pacientes que precisam do transplante. Um sistema informatizado cruza as informações genéticas dos doadores voluntários cadastrados no REDOME com as dos pacientes que precisam do transplante. Quando é verificada compatibilidade, a pessoa é convocada para efetivar a doação.

Hoje, já existem mais de 25 milhões de doadores cadastrados em todo o mundo. No Brasil, o REDOME promove a busca de doadores no Brasil e nos registros estrangeiros. Somente em Goiás, foram cadastrados 22 mil doadores no ano de 2018. O Brasil está entre os cinco maiores bancos de doação de medula óssea.

Mortes

Em Goiás, entre os anos de 2000 e 2016, foram registrados 2.846 óbitos por leucemias, sendo que 1.615 no sexo masculino e 1.231 no sexo feminino. O maior número de casos ocorreu na faixa etária de 70 a 79 anos.

*com informações do http://redome.inca.gov.br/

Por Patrícia Almeida

Fotos: Erus Jhenner