Professora da rede estadual participa de livro que já vendeu mais de 5 mil exemplares em seis meses

Detalhes

Obra utiliza o poder terapêutico e educativo dos contos durante oficinas de leitura com alunos. A professora Valdirene Carvalho da Silva Rodovalho leciona em Aparecida de Goiânia

Uma professora da rede estadual de ensino

ganhou visibilidade nacional por fazer parte de um livro que, com apenas seis

meses de lançamento, vendeu mais de cinco mil exemplares no Brasil e agora promete

fazer o mesmo sucesso em Portugal.

A obra, intitulada ‘Contos que Curam – Oficinas de Educação Emocional por Meio de Contos’, da Editora Literare Books International, foi lançada em agosto do ano passado durante a 19ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro e também foi um sucesso na 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro, em Belém, no Pará.

Organizado por Claudine Bernardes e

Flávia Gama, o livro é composto por 24 contos, seguidos por oficinas, que têm

como foco o desenvolvimento das capacidades emocionais de seus participantes. Os

conteúdos podem ser trabalhados com crianças, adolescentes e adultos.

‘Contos que Curam – Oficinas de

Educação Emocional por Meio de Contos’ é dividido em três partes, que são ‘Contos

que Curam Crianças’, composto por nove capítulos; ‘Contos que Curam

Adolescentes’, com cinco capítulos; e ‘Contos que Curam Adultos’, com 10

capítulos.

 “Somos 24 mulheres de diferentes áreas do

conhecimento e de várias partes do país. Lá estão contadoras de histórias,

professoras, psicólogas, coaches, entre outras profissões”, explica Valdirene Carvalho

da Silva Rodovalho, professora de Língua Portuguesa no Colégio Estadual Villa-Lobos,

em Aparecida de Goiânia, que integra a lista de autoras do livro.

Oficina

de resiliência

Formada em Letras/Espanhol pela

Universidade Católica de Goiás (UCG), Valdirene Rodovalho assina o capítulo 14

da obra, que tem como título ‘Meu Reino Interior’ e precede a Oficina de

Resiliência, proposta por ela.

A professora fiz que a oficina foi pensada com o objetivo de desenvolver a resiliência, a empatia e a autoestima dos adolescentes. “Muitos deles sofrem calados, sem ninguém para compartilhar suas dores internas, inseguranças e temores. Então minha oficina busca incentivá-los a quebrar o silêncio e a expressar suas emoções”.

Como personagem, Valdirene Rodovalho traz um adolescente fragilizado pela ausência do pai e da mãe, que nunca lhe deram atenção nem carinho. O capítulo assinado por ela, ‘Os Três Reinos’, é subdividido em reinos Cristal, Pedra e Resiliência.

O Cristal aborda a fragilidade, os

medos, a insegurança dos adolescentes. O reino Pedra simboliza a indiferença das

pessoas, a frieza da sociedade, o egoísmo e a falta de empatia, de

companheirismo e de solidariedade. E a Resiliência representa a flexibilidade, o

oposto dos reinos Cristal e Pedra, onde o coletivo se sobrepõe ao

individualismo e existe uma preocupação com os sentimentos.

Villa-Lobos

Professora de Língua Portuguesa nas turmas do 1º ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Villa-Lobos, Valdirene Rodovalho desenvolve desde 2015 o projeto ‘Ler é Legal - Permita-se!’, que tem a proposta de despertar o hábito da leitura entre os adolescentes.

“No início houve uma certa

resistência, mas depois isso foi se tornando um ato comum entre eles, que

começaram, inclusive, a estimular a leitura dentro de casa”, conta ela, que

considera a leitura um instrumento de transformação social por proporcionar

conhecimento, provocar a reflexão e estimular o espírito crítico, além de

aumentar a autoestima dos alunos.

Valdirene explica que a oportunidade de participar do livro ‘Contos que Curam – Oficinas de Educação Emocional por Meio de Contos’ surgiu a partir de sua participação em uma oficina de contação de histórias em Belo Horizonte, em 2017. Nesse encontro, ela conheceu Claudine e Flávia, responsáveis pela coordenação editorial da obra.

As duas autoras ficaram encantadas com o projeto que Valdirene desenvolvia com os alunos em Aparecida de Goiânia e tiveram a ideia de reunir algumas das experiências relatadas no encontro em uma publicação. “Claudine me falou que era uma ideia diferente, onde cada capítulo teria um conto seguido por uma proposta de oficina de leitura. Eu achei muito interessante e aceitei o convite para participar”.

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