Alunos do 6º ano vão receber reforço escolar a partir de 2020
- Detalhes
Projeto do Governo de Goiás seleciona universitários bolsistas da OVG para auxiliarem os estudantes em Língua Portuguesa e Matemática
Para reduzir as taxas de reprovação e suprir lacunas
de aprendizagem na passagem de uma série para outra, o Governo de Goiás vai
oferecer aulas de reforço escolar para alunos do 6º ano da rede estadual. Por
meio do projeto da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) “Tempo para
Aprender”, os alunos com dificuldades acadêmicas, das escolas selecionadas, vão
receber atendimento individualizado nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática.
A primeira fase do projeto, que se iniciou neste ano, consiste na seleção de bolsistas da Organização Voluntária de Goiás (OVG) - universitários matriculados em faculdades privadas que recebem auxílio do Estado e devem prestar serviços comunitários em contrapartida – para formar o quadro de voluntários. Além disso, a Seduc prepara material didático para o reforço escolar, busca parcerias e seleciona as escolas e os municípios que vão participar do projeto.
O critério de seleção prioriza escolas que requerem
atenção máxima, quanto aos dados do Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (Ideb), e os municípios onde há presença de universitários voluntários. Em
2020, a Seduc irá focar na formação dos bolsistas, no diagnóstico e seleção dos
estudantes (dentro das escolas escolhidas) e na organização de turmas.
Cada voluntário poderá auxiliar, no máximo, cinco
alunos. O horário das aulas de reforço é flexível, uma vez que depende da
disponibilidade dos universitários. As aulas podem acontecer no horário de
almoço, no contraturno (quem estuda de manhã, receberia reforço à tarde, por
exemplo) ou nos sábados.
Os atendimentos individuais devem começar em fevereiro de 2020. Em abril, também está prevista uma avaliação processual, para mensurar os resultados do projeto e identificar possíveis pontos de melhoria.
Atenção aos alunos com dificuldade
Apesar da taxa de aprovação dos anos finais do Ensino
Fundamental (6º ao 9º ano), em 2018, ter sido 94,4%, e de haver uma pequena
porcentagem de alunos com reprovação ou abandono escolar neste período, o
Governo de Goiás entende que é necessário dar atenção a esses alunos com
dificuldade de aprendizagem, por meio de uma metodologia diferenciada.
Como explicou a superintendente de Educação Infantil e
Ensino Fundamental, Giselle Faria, o 6º ano marca a passagem dos anos iniciais
para os anos finais do Ensino Fundamental e a mudança do profissional de
educação presente em sala de aula: de pedagogo para professor de área. É também
um ano chave para o desenvolvimento do aluno, de forma que as dificuldades de
aprendizagem apresentadas no 6º ano precisam ser sanadas para que elas não
aumentem nos anos seguintes.