Escolas militares de Goiás são destaque na mídia nacional

Detalhes

Os

colégios militares, modelo de gestão compartilhada entre a Secretaria Estadual

de Educação e a Polícia Militar de Goiás, foram destaque na imprensa nacional e

local neste final de semana. No sábado (16/2), o jornal O Popular publicou

matéria sobre as 31 novas unidades já aprovadas pela Assembleia Legislativa de

Goiás e no domingo (17/2), o programa ‘Fantástico’, da Rede Globo, mostrou como

Goiás se transformou em vitrine para o país, inspirando experiências como as

que estão sendo implantadas esse ano no Distrito Federal.

Hoje

das 120 unidades educacionais militares em funcionamento no Brasil, 60 delas pertencem

à rede pública estadual, composta atualmente por 1.118 instituições de ensino. O

modelo, considerado de sucesso e que tem atraído a atenção de Estados como o

Maranhão, Piauí, Amapá e Minas Gerais, contribuiu muito para a melhoria dos

índices de aprendizagem na rede.

Ouvida

pela reportagem do ‘Fantástico’, a secretária Fátima Gavioli ressaltou a

importância do modelo para a sociedade. “Todo tipo de escola é importante. Toda

escola é valiosa para nós, mas a escola militar está conseguindo realmente uma

coisa que faz a diferença.”

Confira a reportagem do Fantástico em https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2019/02/17/escolas-do-df-adotam-modelo-de-gestao-compartilhada-com-a-policia-militar.ghtml. A matéria de O Popular está reproduzida na íntegra abaixo

O POPULAR - 16/02/2019 - 19:00

Mais

escola militar só quando tiver PM

Secretária

da Educação diz que depende de remanejamento de policiais para gestão de 31

unidades aprovadas por lei. Segurança Pública não sabe quando isso ocorrerá

A titular da Secretaria de Educação de Goiás,

Fátima Gavioli, afirmou que o Estado não desistiu de ampliar o número de

escolas militares da rede estadual, mas que depende da Secretaria de Estado de

Segurança Pública (Sesp) para o encaminhamento de policiais militares que

possam fazer a gestão destas unidades. Atualmente, 31 escolas militares

aprovadas por lei em várias cidades goianas aguardam providências da Secretaria

de Educação para saírem do papel.

Os colégios militares, cuja gestão é feita pela

Polícia Militar, ganharam muito destaque após a eleição do presidente Jair

Bolsonaro e em outros Estados com a vitória de governadores que apoiam a iniciativa.

Goiás possui 60 unidades, praticamente metade das existentes neste modelo no

Brasil. No Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) tomou a dianteira

dos Estados na implantação de unidades com gestão da PM.

Fátima diz que teve uma reunião recente com

representantes da

Segurança Pública para tratar do assunto, mas que

não houve previsão para que disponibilidade de policiais na reserva à

disposição da Educação.

Procurado pelo POPULAR nesta semana, o coronel da

PM Mauro Ferreira Vilela, comandante de Ensino da PM, informou que depende de

autorização do governo para convocação de policiais da reserva, uma vez que não

há no momento como retirar policiais da ativa e transferi-los para escolas

militares. E para poder fazer a convocação, dependente de previsão orçamentária

e liberação de recursos da área econômica do governo, o que não tem previsão de

acontecer.

Para a secretária de Educação, as unidades de

ensino da rede estadual geridas por militares são, no momento, as "escolas

do século 21". "É um case de sucesso que tem diretamente relação com

a questão da gestão", afirmou. Ela cita os bons indicadores de ensino,

além da diferença de comportamento dos alunos em relação aos professores e aos

estudos e que até os pais mudam de atitude quando o filho está matriculado numa

unidade militar.

Fátima acredita que a forma como os policiais implementam noções de disciplina tanto na gestão como no dia-a-dia dos estudantes impacta diretamente nos resultados das escolas, algo que a rede pública (e não só em Goiás) não consegue reproduzir nas escolas que seguem o modelo regular. "Os militares têm uma disciplina firme, existe um respeito que a gente não consegue, por algum motivo, mais implantar na maioria das escolas regulares."

Paralelo ao projeto de ampliação das unidades

militares, que a Secretaria de Educação garante que será levado adiante assim

que houver policiais disponíveis e recursos, Fátima afirma que pretente

trabalhar para "descobrir" como o modelo da gestão militar pode ser

levado para toda a rede sem que necessariamente a escola precise ser gerida

pela PM.

A secretaria fala que existe uma resistência por

parte dos professores quando se fala em gestão militar, mas diz que, com “o

poder da conversa”, é possível haver um entendimento entre as peças envolvidas

no processo de ensino. “Eu sou a favor da escola que cumpre seu papel, que seja

inclusiva, e a escola militar cumpre seu papel”, comentou Fátima.

Segundo a secretária, vários Estados já procuraram

o governo de Goiás para estudar o modelo implementado aqui, sendo que a gestão

atual do DF é a que tem o canal de diálogo mais adiantado. Ainda segundo

Fátima, o governo Bolsonaro ficou de mandar uma comissão para Goiás para

conhecer o processo de ensino dos colégios militares. Uma das promessas de campanha

do atual presidente foi a implantação de pelo menos uma escola militar em cada

capital do País.