Raquel Teixeira - Novos professores terão formação em competências socioemocionais
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A professora Raquel Teixeira, ex-secretária de Educação, Cultura e Esporte, falou hoje sobre como as habilidades socioemocionais podem ajudar a rede pública de ensino. Ela foi uma das palestrantes do Seminário Internacional Habilidades Emocionais, realizado no auditório da Universidade Alfa. O evento contou com a abertura do secretário de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), Marcos das Neves, e palestras de Ricardo Paes de Barros, do Instituto Ayrton Senna e do Insper, e de Filip De Fruyt, pesquisador do eduLab21 do Instituto Ayrton Senna e professor da Universidade de Ghent, na Bélgica.
Em sua fala, Raquel elogiou as palestras de Paes de Barros e De Fruyt, e disse que foi apresentado o que há de melhor em termos acadêmicos sobre competências sociemocionais. “Depois de sonharmos, aprendermos e ouvirmos, vamos tentar trazer as competências para a nossa rede, para a nossa realidade”, disse a professora.
Em um mundo de profundas mudanças e na chamada quarta revolução industrial, o avanço rápido de tecnologia, inteligência artificial, robôs e drones tem um profundo impacto na formação das pessoas e na forma como elas lidam com o mundo. Por isso, é preciso que preparar os jovens para serem adultos plenamente desenvolvidos nesse mundo incerto, complexo e ambíguo. “Temos que pensar em uma educação diferente, integral, inovadora e de qualidade, que se preocupe com a formação plena em todos os aspectos: Intelectual, social, afetivo, filosófico.”, disse a professora.
Nos últimos três anos, a Seduce vem desenvolvendo projetos de excelência e equidade, e já colheu resultados significativos com a implantação da ADA (Avaliação Dirigida Amostral), Aprender +, Caravanas e Diálogos Socioemocionais.
Como o processo de aprendizagem é cumulativo e não pode deixar lacunas, esse processo agora será intensificado, com o objetivo de sanar dificuldades no momento em que elas surgem. As habilidades socioemocionais passam a ser incorporadas em todas as disciplinas, estando presente em diversos momentos e não apenas em um capítulo à parte. O ideal, como explicou a ex-secretária, é que cada atividade escolar inclua tanto as competências cognitivas quanto as socioemocioais.
Vivemos um momento em que a escola deixa de ser apenas transmissora de conteúdo para ser promotora de competências para a vida. E essa mudança altera profundamente o papel do professor, que tem o objetivo de formar seres humanos capazes de fazer boas escolhas e transformar o mundo. Esse processo é desafiador, é difícil, mas é possível e necessário. Para isso, a rede estadual de educação tem apoio e conhecimento.
Uma novidade anunciada pela professora é que, além das ações já desenvolvidas pela pasta, com os Diálogos Socioemocionais em todas as escolas de Ensino Médio em tempo integral e escolas de tempo médio, a atual gestão vai formar os novos professores que forem aprovados no próximo concurso no período de estágio probatório. Com isso, os novos professores da rede estadual de educação poderão se preparar para as múltiplas funções na educação, capazes de serem as figuras principais do processo ensino-aprendizagem das competências socioemocionais. Assim, será criado um ecossistema socioemocional que vai nos ajudar a criar uma sociedade mais justa, equilibrada e feliz.
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