Fórum sobre inovação em políticas educacionais reúne prefeitos e secretários de educação

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Evento ocorreu no auditório da Organização Jaime Câmara, em Goiânia

 

O superintendente de Inteligência Pedagógica e Formação, Marcelo Jerônimo, representou o secretário de Educação, Cultura e Esporte de Goiás, Marcos das Neves, no Fórum de Inovação em Políticas Educacionais, que é realizado nesta segunda-feira, 7/5, no auditório da Organização Jaime Câmara, em Goiânia. Na ocasião foi lançada a Academia Goiana de Lideranças Educacionais, que consiste na troca de experiências inovadoras para melhoria da aprendizagem.

 

Participaram da discussão a ex-secretária Raquel Teixeira, a superintendente de Integração Tecnológica da Informação, Rosana Cerosino, e o secretário de Educação de Goiânia, Marcelo Costa. O encontro foi mediado pelo educador, CEO da Edtech Aondê/Conecturma, Rafael Parente. A primeira edição do encontro também reuniu professores, prefeitos e secretários de educação de municípios goianos.

 

A primeira mesa de debates teve como tema a “Inovação e transformação em Goiás: onde estamos, quanto caminhamos e quais são os próximos passos?”.  Rafael deu início às apresentações abordando a necessidade de mudanças nas rotinas escolares. “Precisamos conseguir mudar a prática do professor em sala de aula para tornar o ambiente mais atrativo e fazer com os alunos queiram ir para a escola. Ao mesmo tempo, o professor precisa enxergar os motivos de cada aluno se desinteressar pela escola. É um desafio, porque estamos mexendo com crenças antigas, mas precisamos mudar”, afirmou.

 

Ele ainda disse que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é importante porque mostra o que se espera dos alunos, mas é necessário que se discuta o como ensinar, como caminhar para alcançar o que a BNCC propõe. Rafael também abordou o cenário mundial, que tem discutido com mais veemência a necessidade de evolução da aprendizagem, e disse que o Brasil precisa se inspirar em macrotendências.

 

Ao nomear a era digital como a quarta revolução industrial, Rafael criticou as escolas e universidades que, para ele, não estão preparando as crianças e os jovens para as funções que existirão daqui a 20 anos. “O mundo como conhecemos vai mudar. Nossos alunos já são nativos digitais e as escolas não conseguem acompanhar isso. Os alunos acham que qualquer lugar é mais interessante que a escola. E aí temos uma crise de aprendizagem”.

 

Rafael finalizou citando a Conecturma, uma metodologia de aprendizagem de língua portuguesa, matemática e competências para a vida. São trabalhados vários elementos como a plataforma digital adaptativa, desenhos animados, músicas e fantoches, cuidadosamente combinados para aumentar a motivação, o interesse e a concentração de crianças de 3 a 11 anos de idade.

 

A meta é que os professores consigam melhorar o desempenho dos alunos em 30% nas avaliações oficiais, com a ajuda dessa metodologia. A plataforma foi doada na versão offline à Seduce, que já está utilizando, e para todos os municípios interessados.

 

Exemplos de Goiás

A professora e ex-secretária, Raquel Teixeira, lembrou que a educação vive um momento sutil e desafiador. “As pesquisas de eleições mostram que a população demanda melhorias na saúde, segurança e transporte público. A Educação quase não aparece, porque os problemas visíveis a gente já superou. Mas não é bem assim. Nós estamos vivendo uma crise de aprendizagem nacional”, enfatizou.

 

Raquel citou as práticas inovadoras que Goiás vem aplicando desde 2015, com foco em dois princípios: excelência e equidade. Entre as medidas que estão surtindo resultados positivos está a Avaliação Dirigida Amostral, que deu condições aos professores de identificarem as lacunas de aprendizagem e intervirem no momento certo.

 

O resultado disso foi observado na última edição do Sistema de Avaliação Educacional de Goiás (Saego), que mostrou a melhoria da proficiência dos alunos goianos nas disciplinas de Português e Matemática. “Foram os maiores índices da história da rede estadual. Mas ainda não está bom. Precisamos crescer e evoluir muito mais”, contou ao lembrar que Goiás também ocupou as primeiras posições no último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Não podemos nos acomodar. Há desafios e precisamos enfrentá-los”, complementou.

 

Com relação à equidade, o Saego mostrou também que a diferença entre o melhor e o pior desempenho da rede foi menor. “Estamos vendo uma certa equidade nas regionais. Ou seja, estamos evoluindo juntos”.

 

Outra ação que começou a ser implementada em 2017 e, mesmo sendo opcional, está presente em quase 100% das escolas, é o Caderno de Atividades Aprender +. Neste ano, além do conhecimento cognitivo, o material explora competências socioemocionais, que são os desafios da escola, segundo Raquel.

 

“As habilidades que queremos dar para nossos jovens é para o exercício da vida, não só apenas para ele entrar no mercado de trabalho, mas para ele lidar com o mundo do século 21, que está mudando”, disse, citando ainda a Caravana do Aprender +, o Goiás + Enem e os investimentos em capacitação de professores e na infraestrutura da educação de Goiás.

 

Goiânia, 7 de maio de 2018

Comunicação Setorial da Seduce Goiás

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