Arte, alegria e gratidão no encerramento das oficinas do TeNpo 2017
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As oficinas do TeNpo 2017 foram encerradas na manhã deste domingo, 19 de novembro, em clima de festa, mas também de gratidão, companheirismo e superação. As crianças e adolescentes que participaram de encontros de formação apresentaram um pouco das experiências vivenciadas nos dois dias de oficinas e dividiram com o público presente o que estavam sentindo ao término das atividades. O que não faltou foram sorrisos, abraços e manifestações de carinho, tanto por parte dos alunos quanto dos professores.
A coordenadora da 16ª Mostra Nacional de Teatro de Porangatu, Dirce Vieira, comentou emocionada ao ver as apresentações que as oficinas são um dos principais legados que o TeNpo deixa para Porangatu. “Aqui está a resposta para quando nos perguntam o que fica desse evento. Essas oficinas tem a capacidade de estimular o surgimento de novos atores e grupos teatrais”, ressaltou Dirce, frisando que esse é um resultado construído ano a ano.
O palhaço e ator Anderson Lima, que ministrou a oficina Artes Circenses e Palhaçaria: O Jogo Cômico, também deu destaque aos legados que o TeNpo deixa para quem mora em Porangatu. Segundo ele, a partir da vivência que teve nos encontros de formação, ficou claro que esse é um evento de inclusão. “Levamos esse ideal para nossa oficina”, explicou. “Até ontem à tarde estavam chegando novos participantes. Incluímos todo mundo e achamos funções para eles na apresentação de hoje”, emendou.
Durante o encerramento, os participantes das oficinas Jogo Dramático Infantil, ministrada por Marques Izítio, Interpretação: o ator autoral e seu corpo, oferecida por Ribamar Ribeiro e Teatro Educação, conduzida por Felipe Sales, prepararam uma cena que contemplasse elementos que foram aprendidos nos encontros de formação. Já os alunos de Encenação e Direção, orientados por Sidnei Cruz, falaram sobre princípios para realizar uma boa direção, que vão além de questões técnicas. Eles mencionaram aspectos como liderança, capacidade de trabalhar em equipe e superação de barreiras.
Também se apresentaram os alunos de Anderson Lima, que conduziu Artes Circenses e Palhaçaria: o jogo cômico, trazendo números circenses, cenas de comédia e truques de ilusionismo. E ainda os participantes das oficinas Maquiagem Artística, ministrada por Leleko Diaz, com um desfile de maquiagens que incluíam diferentes opções: artística, social, lúdica, para drag queens e, ainda, trabalhos para a criação de feridas e hematomas. O grupo que participou de Danças Urbanas com foco em Break Dance, com Jerry MegaBreake, encerrou a programação com uma grande roda de dança.
Gratidão
Falas que expressavam o sentimento de gratidão pelas contribuições oferecidas pelos oficineiros foram uma constante nas apresentações. Um dos momentos que melhor ilustram esse comportamento foi a homenagem dos participantes da oficina Interpretação: o ator autoral e seu corpo a Ribamar Ribeiro. Cada aluno escolheu uma palavra carinhosa para definir o diretor. Emocionado, Ribamar, que precisou se ausentar dos encontros em alguns momentos em decorrência de um mal-estar, pontuou: “A turma não deixou de seguir com as atividades. Mesmo sem mim, eles continuaram com os ensaios para a apresentação de hoje. Foi muito comprometimento”.
O aluno Pablo Cícero também fez uma homenagem que chamou atenção. O adolescente de 14 anos participou da oficina Encenação e Direção, com Sidnei Cruz e compartilhou a alegria em ter aprendido com o professor mais que ensinamentos técnicos. “Aprendemos nesses dias que ser diretor não é apenas dirigir uma peça. Ser diretor é levar o teatro para frente como se conduz uma família”, enfatizou o garoto agradecendo publicamente Sidnei.