A secretária de Estado da Educação de Goiás, Fátima Gavioli, participou, nesta quarta-feira (24/5), de um debate sobre o ensino pós-pandemia no programa Expressão Nacional, da TV Câmara. Questionada se o sistema de educação híbrida (com aulas presenciais e remotas) pode ser útil no futuro, a secretária afirmou que o novo modelo deve continuar e, por isso, a Educação brasileira precisa se adaptar à nova realidade.

“A Educação híbrida veio para ficar. Nossa frente de trabalho no Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) é para, cada dia mais, fortalecer a Educação híbrida no país. E é importante sempre lembrar que para ela acontecer é necessário que haja Internet para todos, tecnologia e equipamentos“, afirmou a secretária.

“A Educação híbrida não substitui a Educação presencial em nenhuma das etapas, nem no ensino superior. Agora, a escola brasileira nunca mais vai ser a mesma”, falou a presidente da Associação Nacional de Educação Básica Híbrida, Maria Inês Fini. Segundo ela, as escolas precisam ser mais conectadas e equipadas para ofertar aulas e atividades remotas em complemento à carga horária presencial diária.

Conforme explicou Fátima Gavioli, o processo de ensino e aprendizagem na rede pública estadual de Goiás tem sido desenvolvido por meios remotos. “Hoje estamos trabalhando em sistema remoto. O híbrido está no plantão de dúvidas”, relatou a secretária.

Desde março de 2020, a rede pública estadual de ensino está funcionando em Regime Especial de Aulas Não Presenciais (Reanp). No início de 2021, com índices menos graves relativos à pandemia, foram retomadas as aulas presenciais em sistema híbrido em cerca de 15% das escolas estaduais, mas tiveram de ser suspensas novamente em março de 2021.

Na questão da infraestrutura escolar, Fátima Gavioli também falou sobre a necessidade de o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) atuar com celeridade para a compra de equipamentos para as escolas e adotar um relacionamento mais próximo com os gestores no programa Educação Conectada. Para ela, após um ano e meio de pandemia, o FNDE precisa agilizar suas atas de compra de equipamentos tecnológicos, para apoiar os estados e os municípios na aquisição segura desses equipamentos, lembrou a secretária.

“Goiás tem 900 escolas na Educação Conectada. Mas muitos gestores não utilizam o dinheiro porque não sabem como fazer a prestação de contas e tem medo de dar algum problema”, apontou Fátima. O programa, do governo federal, destina recursos às escolas para ampliar o acesso à Internet de alta velocidade e fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais.

Conheça abaixo algumas ações de ensino remoto do Governo de Goiás e da Secretaria de Estado de Educação (Seduc):

NetEscola

O NetEscola é um portal de conteúdos didáticos criado pelo Governo de Goiás, por meio da Seduc, com videoaulas, listas de exercícios e textos explicativos de componentes curriculares de todas as séries do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Seduc em Ação

Para alcançar estudantes sem acesso à Internet, a rede estadual de ensino transmite aulas ao vivo, de segunda a sexta-feira, na TV Brasil Central. O programa Seduc em Ação contempla aulas de todos os componentes curriculares e para todas as séries do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Todos os conteúdos são publicados posteriormente no portal NetEscola e nos canais da TBC e da Seduc Goiás no Youtube. 

Sala do Saber

Para o ano letivo de 2021, o Governo de Goiás liberou o acesso de professores e estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental à plataforma de ensino à distância Sala do Saber. As videoaulas e atividades disponíveis na plataforma complementam as aulas não presenciais elaboradas pelos professores de cada turma.

Goiás Bem no Enem

Além das aulas do Seduc em Ação, a rede estadual de ensino também produz aulas ao vivo de preparação para o Enem. As aulas são transmitidas pela TBC, aos sábados de manhã, e são publicadas, posteriormente, no canal do Goiás Bem no Enem no Youtube.