Comunidades quilombolas recebem investimentos para a melhoria da infraestrutura das escolas

Detalhes

Somente nas unidades escolares localizadas no município de Cavalcante foram investidos mais de R$ 760 mil no ano passado

O Governo de Goiás, visando atender as comunidades vulneráveis, tem investido recursos na melhoria da infraestrutura das unidades destinadas à educação escolar quilombola. Somente no ano passado, foram destinados R$ 764.268,89 em recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE/Goiás) para a realização de reformas e da ampliação do Colégio Estadual Calunga I e em outras três extensões escolares localizadas no município de Cavalcante.

Na extensão Maiadinha, agora sede do Calunga I, a reforma em andamento contempla a adequação dos sanitários para um novo banheiro acessível; a construção do piso em granitina; reforma elétrica; e pintura. Além disso, os 103 estudantes matriculados nas turmas de Ensino Fundamental II e Médio contarão com um novo escovódromo para a realização da higiene bucal e uma nova central de gás.

Para o professor Adão Fernandes da Cunha, que compõe a equipe gestora das unidades escolares quilombolas Calunga, as obras na unidade geram um grande impacto não só na comunidade escolar, mas também na comunidade quilombola no geral.

“Isso demonstra para nossos alunos a busca pela melhoria na qualidade da Educação Escolar Quilombola, fazendo com que os jovens e a comunidade no geral ampliem sua visão para a valorização da Educação e para a busca da realização dos sonhos”, afirma o diretor.  

Novas salas
Além da reforma, a sede do Colégio Estadual Calunga I deve passar ainda por ampliação, que resultará na construção de novo bloco, composto por duas salas de aula. Essas novas salas serão destinadas ao atendimento dos estudantes do programa GoiásTec – Ensino Médio ao Alcance de Todos, que assistirão as aulas ao vivo via satélite.

Para viabilizar a implementação do programa na unidade, foi instalada, em janeiro, uma antena de satélite responsável por captar o sinal e viabilizar a transmissão das aulas na unidade escolar que, então, já está pronta.

O mesmo deve ocorrer na Escola Estadual Reunida Calunga II, localizada no município de Monte Alegre e que integra a lista de escolas que irão receber uma antena de satélite para implantação do programa GoiásTec.

Para o professor Adão Fernandes, a adoção da nova modalidade de ensino via satélite tem feito a diferença na vida dos estudantes da rede estadual. Segundo ele, com a implantação das turmas do GoiásTec “há um despertar de interesse muito grande por parte dos estudantes e de outras escolas onde não foi implementado o projeto”, conta.
 
Demais unidades
Além da sede do Colégio Estadual Calunga I, três extensões escolares passaram por reformas recentes. Ao todo, foram destinados R$260.500,01 em recursos para a extensão Santo Antônio; R$ 118.499,42 para a extensão Vereador Anedino e R$ 80.198,55 para a extensão Vão das Almas.
Concluída em dezembro do ano passado, a obra na extensão Santo Antônio resultou em uma série de transformações na infraestrutura da unidade. Além da reforma no bloco já existente e na parte elétrica, foram construídos um novo bloco, com duas salas de aula, um sanitário reduzido e uma passarela, ligando os dois espaços.

A extensão Vereador Anedino também ganhou uma nova sala de aula. O local passou por uma reforma geral, com adequação dos sanitários para garantir a acessibilidade, pintura, reforma do piso e reforma elétrica.

Além das unidades escolares localizadas no município de Cavalcante, as escolas quilombolas de Monte Alegre também receberam investimentos do Governo de Goiás para a realização de melhorias na infraestrutura.

A Escola Estadual Calunga II e suas extensões estão entre as 936 unidades da rede estadual que receberam recursos do programa Reformar II, do Governo de Goiás. O valor está sendo aplicado na realização de pequenos reparos nos banheiros e nas cozinhas dos prédios.

Alterações
Para a coordenadora regional de Educação de Campos Belos, Natalícia dos Santos Pereira, as reformas nas escolas estaduais Calunga acontecem em um momento em que a própria logística administrativa dessas escola passa por mudanças.

Segundo a coordenadora, considerando a inviabilidade logística de uma gestão única para cinco unidades escolares Calunga, localizadas em três municípios distintos, a Seduc, por meio da CRE de Campos Belos e da Superintendência de Modalidades e Temáticas Especiais, decidiu pela redução no número de escolas, bem como pela indicação de grupos gestores distintos para cada uma das escolas.  

Desse modo, as Escolas Estaduais Calunga IV e V, também localizadas no município de Monte Alegre, passaram a ser extensões da Escola Estadual Reunida Calunga II, que se tornou sede das unidades escolares quilombolas da região.

Plano Estadual de Educação
Essa ação atende as metas 09 e 21 do Plano Estadual de Educação (PEE)