Secretária de Estado da Educação de Goiás recebe finalização do inquérito que apura crimes cibernéticos

Detalhes

Fátima Gavioli foi vítima de publicações ofensivas durante o 1º semestre de 2019, o que a levou a procurar a Delegacia Estadual de Repressão dos Crimes Cibernéticos de Goiânia, que apurou os fatos e identificou os culpados

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos identificou os autores dos crimes de injúria e difamação cometidos contra a secretária de Estado da Educação de Goiás, Fátima Gavioli, em abril do ano passado. Na oportunidade, Gavioli foi vítima de uma série de publicações ofensivas e difamatórias no Facebook, relacionadas ao exercício de sua função no Estado de Goiás.

 “Quando eu cheguei em Goiás no final de 2018, eu sofri inúmeros ataques pela Internet, alguns com acusações levianas e que me agrediam do ponto de vista moral e intelectual, duvidando da minha capacidade técnica”, conta a secretária. Segundo ela, as ofensas atingiram tamanha grandeza que passaram a afetar a sua saúde e gerar preocupações para a sua família, que mora em Rondônia.

Foi então que, para cessar os ataques virtuais e identificar os criminosos por trás das postagens, foi registrada a denúncia.

O caso

Segundo consta no relatório final da Polícia Civil, a denúncia contra os crimes de difamação e injúria foi registrada em abril de 2019, ocasião em que foi instaurado um inquérito para apurar a autoria de postagens ofensivas publicadas em um perfil do Facebook denominado “Ariel Dylan”.

Após a quebra de sigilo das redes, os investigadores identificaram que o perfil falso era movimentado por dois usuários distintos, sendo um deles vinculado à rede de uma empresa de informática. Foi então que a Polícia Civil chegou a R. G. F, profissional da rede estadual de Educação e que confessou ter criado o perfil falso “Ariel Dylan” para criticar às decisões tomadas pela secretária de Educação.

À polícia, R.G.F afirmou ter conhecido R.W.R durante a campanha eleitoral em 2018. Na oportunidade, eles teriam se aproximado e dividido informações sobre o perfil no Facebook. R.W.R, segundo consta na investigação, ocupava um cargo na Secretaria de Estado da Educação na gestão anterior. Nessa época, o autor do crime teria, inclusive, conhecido Fátima Gavioli, então Secretária de Educação do Estado de Rondônia, pessoalmente. 

Após ser identificado, R.W.R. negou ter participado das publicações realizadas pelo perfil falso “Ariel Dylan”. De acordo com ele, sua participação no caso se limita a troca de mensagens ofensivas à imagem da secretária de Educação com outros usuários da rede social e que, de alguma forma, coincidem com as postadas no perfil fake.

Próximos passos

Ao tomar ciência da conclusão do inquérito, Fátima Gavioli celebrou a identificação dos autores e a possibilidade de dar prosseguimento ao processo. “Eu senti satisfação em saber que a polícia conseguiu identificar todas as pessoas envolvidas nesses ataques. Em especial, fiquei bastante satisfeita em saber que, ao contrário do que imaginam, a Internet não é um território não pertence a ninguém e que essas pessoas não vão ficar mais escondidas disseminando fake News”, relata.

Segundo a secretária de Estado, a intenção agora é dar prosseguimento ao processo contra os autores para que esses possam pagar, perante a Justiça, pelos crimes de injúria e difamação.

Sobre os ataques nas redes sociais, Fátima Gavioli afirma que estes devem sempre ser tratados como crimes e pede que as vítimas não deixem que eles passem em vão.  “Para mim, esse resultado foi importante e eu aconselho a quem sofre esse tipo de ataque que procure a delegacia e faça a denúncia. Toda vez que isso a acontecer eu buscarei os meus direitos e levarei a conhecimento público as pessoas que querem destruir o currículo e a imagem das pessoas”, conclui.

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