Colégio estadual de Morrinhos desenvolve projeto de horta comunitária

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Em parceria com IF Goiano, colégio estadual de Morrinhos desenvolve projeto de horta comunitária que beneficia alunos e 280 famílias da região

Iniciativa começou a ser realizada em janeiro deste ano e já foram distribuídos meia tonelada de tomate, 60 quilos de abobrinha, 300 maços de couve, 300 de salsa e 300 de cebolinha, além de rúcula e rabanete

Sem nenhuma utilidade até o início deste ano, uma área de três mil metros quadrados no Colégio Estadual Silvio Gomes de Melo Filho, em Morrinhos, foi transformada em uma belíssima horta comunitária que tem beneficiado não apenas a unidade escolar, como também 280 famílias de baixa renda no município.

No mês de maio, dos 23 canteiros com 70 metros de comprimento, saíram para distribuição 500 quilos de tomate, 60 quilos de abobrinha, 300 maços de couve, 300 de salsa e 300 de cebolinha, além de rúcula e rabanete. A segunda leva da produção, prestes a ser colhida, inclui quiabo, berinjela, pepino, alface, jiló, repolho, rúcula e pimenta de diversas qualidades.

A horta é mantida por uma equipe de voluntários, que inclui servidores do IF Goiano e um grupo de 18 moradores de bairros próximos. “Criamos uma escala de trabalho, com três equipes formadas por seis pessoas de cada bairro. É esse grupo que cuida dos canteiros e da produção. São eles também que fazem a colheita, embalam as hortaliças e saem para distribuir à população”, explica Anselmo Afonso Golynski, professor de Olericultura do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), campus Morrinhos.

Anselmo é o idealizador do projeto e foi dele que partiu a iniciativa de propor à coordenadora regional de Educação de Morrinhos, Walkyria Helena Romano Campos Castro, a criação da horta comunitária na instituição de ensino. Ele conta que a ideia foi apresentada à diretora do colégio, Vanessa Maria Marques Salomão, que prontamente deu todo o apoio para a sua implantação.

Escola laboratório
O Colégio Estadual Silvio Gomes de Melo Filho fica na Vila Santos Dumont, na saída para Goiânia. A instituição atende 439 alunos em dois turnos, ofertando Ensino Fundamental e Médio. A proposta é de que alunos e professores também participem ativamente do projeto, mas isso ainda não foi possível por conta das restrições impostas pela pandemia do coronavírus.

Além do IF Goiano, a horta comunitária conta com a ajuda de diversos parceiros, entre eles o sindicato rural, Associação dos Pequenos Produtores do município e a Cooperativa Mista dos Produtores de Leite de Morrinhos (Complem). No momento, Anselmo Golynski atua como um dos colaboradores do projeto.

Na coordenação geral estão os servidores Ênio Eduardo Basílio, Danilo Silva de Oliveira e Cícero José da Silva, todos do IFGoiano, de Morrinhos. O professor faz questão de destacar que, além de ocupar uma grande área vaga no colégio, a horta é utilizada nas aulas práticas do curso de Olericultura do Instituto Federal Goiano e também para a qualificação dos produtores de leite da cooperativa.

“O que há de melhor na olericultura, nós temos neste espaço. Aqui, o produtor aprende as formas de manejo mais adequado da água (automação), uso de fertilizantes que não agridem o meio ambiente, técnicas de semeadura, transplante e escolha das cultivares mais indicadas, bem como o controle integral de pragas, priorizando defensivos biológicos, que não representam risco à saúde das pessoas”, diz Anselmo.

Função social
A diretora do colégio estadual, Vanessa Salomão, faz uma avaliação muito positiva do projeto. Conforme ela, a horta comunitária beneficia a instituição de ensino de diferentes maneiras. Reforça a alimentação escolar, ao permitir a diversificação do cardápio; contribui para ampliar o conhecimento científico; e ainda alcança a comunidade, levando à população em situação de vulnerabilidade social, alimentos frescos e saudáveis. De graça.

Para além do ensino, a experiência desenvolvida na unidade escolar também reforça a função social da escola, pois não só enriquece a alimentação dos estudantes e das famílias de baixa renda, como também funciona como um laboratório, onde a população tem acesso a uma gama de conhecimentos que podem ser facilmente replicados em sua comunidade.