Seduc discute com Cepis objetivos e tipos de avaliação no regime de aulas não presenciais

Detalhes

Momento é adequado para avaliações formativas; avaliações com finalidade de quantificação de nota só podem ser aplicadas no retorno às aulas presenciais

A palavra “avaliação” ainda gera medo em muitos estudantes. No entanto, como explicou a superintendente de Educação Integral da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a avaliação não tem finalidade de punir ou classificar os alunos de uma turma. O verdadeiro objetivo é desafiar o aluno e levá-lo a refletir sobre seu processo de aprendizado.

O tema foi discutido na webconferência semanal da Superintendência de Educação Integral com coordenadores regionais de Educação, gestores, tutores e professores de Centros de Ensino em Período Integral (Cepis), realizada nesta quinta-feira (29/5).

Segundo a superintendente Márcia Rocha Antunes, há três tipos de avaliação: diagnóstica, formativa e somativa.

Avaliação Somativa

Este tipo de avaliação é geralmente aplicado no final do bimestre letivo e tem foco nos resultados e na quantificação de notas. Segundo a superintendente, este modelo não pode ser aplicada no regime especial de aulas não presenciais.

“Não é momento de a gente discutir nada que some, que feche ciclo. Não tem permissão legal para aplicação de uma avaliação que mensura, que dá nota, que finaliza um ciclo”, afirmou Márcia Rocha, citando a Resolução 002/2020 do Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE- GO), especificamente em seu artigo 3º, inciso V. (link)

Avaliação Diagnóstica

A avaliação diagnóstica, aplicada na rede estadual de ensino no início de todo ano, busca identificar lacunas de aprendizagem e retomar conceitos e habilidades do ano anterior, que são pré-requisitos para os próximos conteúdos. O resultado dessa avaliação subsidia o plano de ação da escola e dos professores, levando em conta o nível de conhecimento dos alunos.

“Esta avaliação será necessária no retorno às aulas presenciais para a gente saber o que nossos estudantes desenvolveram nesse período de aulas não presenciais. Isso vai trazer um parâmetro para a gente. E de lá, serão tomadas decisões importantes para o percurso formativo do estudante”, explicou a superintendente.

Avaliação Formativa

Agora, em meio ao regime de aulas não presenciais, o foco é a avaliação formativa. Aplicada ao longo do ano, no processo de construção de novos objetos de conhecimento, esse tipo de avaliação tem objetivo de modificar e melhorar continuamente o estudante. “Nesse momento, estamos trabalhando com essa dimensão”, ressaltou Márcia Rocha.

Portfólio

Outro ponto discutido na webconferência foi o registro das atividades escolares realizadas no regime de aulas não presenciais. Conforme a Nota Técnica 002/2020 do CEE-GO, todas as atividades acadêmicas devem ser registradas, salvas e organizadas em um relatório, mantido pelo professor. Com o retorno das aulas presenciais, esse material pode ser convertido em quantificação de notas, se a classe escolar assim o definir.

A orientação da Superintendência de Educação Integral é que cada estudante, auxiliado pelo professor de Estudo Orientado I, organize um portfólio com todos os trabalhos escolares em ordem cronológica.

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