Comunidade escolar decide transformar o Colégio Estadual Michelle do Prado em escola de tempo integral
- Detalhes
Colégio de Aparecida de Goiânia é uma das 25 escolas goianas que vão entrar, em 2020, no Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) do MEC
Depois de realizar uma consulta pública
à comunidade, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), por meio da
Coordenação Regional de Educação (CRE) de Aparecida de Goiânia, decidiu
transformar o Colégio Estadual Michelle do Prado Rodrigues, localizada no
Jardim das Hortensias, em um Centro de Ensino em Período Integral (Cepi).
Na segunda-feira e na terça-feira, dias
6 e 7 de janeiro, uma equipe da CRE de Aparecida de Goiânia conversou, na
escola, com os gestores, professores e pais de alunos da unidade escolar para
explicar o projeto de tempo integral da rede estadual e ouvir a população.
De acordo com a coordenadora da CRE, Núbia
Farias, a mudança foi acolhida positivamente por boa parte da comunidade. Houve
também uma parcela de estudantes e pais que se posicionaram contra a
integralização da escola, mas esses poderão ser atendidos por cinco escolas da
região que funcionam em período parcial.
Outras
opções
“Parte da comunidade aceitou e parte
não, mas existem outras opções próximas para quem não quer estudar em uma
unidade de tempo integral”, explicou
Núbia, referindo-se aos colégios estaduais José Lopes Rodrigues, Buriti Sereno
Garden, Villa Lobos e Maria Rosilda Rodrigues e ainda a Escola Estadual Simino
Rodrigues de Siqueira, todas a 3 km ou menos de distância do Colégio Estadual
Michelle do Prado Rodrigues.
Os estudantes de Ensino Médio que
optarem pelo ensino em período parcial e os alunos da Educação de Jovens e
Adultos (EJA) poderão ser atendidos por essas unidades, conforme a preferência
do aluno e a disponibilidade de vagas.
Todas essas unidades escolares possuem
também o Ensino Fundamental e vão atender a demanda de estudantes do 6º ao 9º
ano na região. A partir de 2020, o C. E. Michelle do Prado vai oferecer somente
o Ensino Médio em tempo integral. “Mas nenhum aluno vai ficar sem escola”,
ressaltou Núbia Faria.
Segundo a coordenadora, havia no ano
passado 177 alunos do Ensino Fundamental, que já estão sendo reordenados para
outras unidades escolares. A coordenadora também afirmou que a Escola Municipal
Caraíbas, que fica a 1 km de distância do C. E. Michele do Prado Rodrigues,
possui Ensino Fundamental e já garantiu à Seduc que vai abrir vagas para
receber os estudantes.
Meta
de integralização
Núbia Faria lembra que a integralização das escolas parte de uma diretiva do governo federal. O Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado em 2014, prevê que, até 2024, 50% das escolas públicas devem oferecer ensino em tempo integral. Além disso, o Ministério de Educação (MEC) anunciou no Compromisso Nacional pela Educação Básica, a meta de aumentar, até 2022, o número de matrículas em escolas de tempo integral de 230 para 500 mil.
A Seduc, neste momento, tem uma lista
de 42 escolas de Ensino Médio que atendem a todos os critérios do MEC para se
tornarem escolas de tempo integral. Dessas 42 serão selecionadas 25 unidades,
com a aprovação da comunidade escolar, para participar do Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo
Integral (EMTI) do MEC e receber recursos para investimento em
infraestrutura e formação de professores.
Como
funciona o Cepi
No Ensino
Médio integral, o estudante fica mais tempo na
escola, o turno é único e a programação é distribuída ao longo do dia. As
disciplinas que já marcam presença no Ensino Médio regular – como Língua
Portuguesa, Matemática e Química – ganham a companhia de outras atividades,
desenvolvidas com o apoio dos professores.
Os
estudantes têm aulas voltadas para pensar sobre seus sonhos e planejar o futuro
e podem escolher algumas matérias complementares (eletivas). O objetivo é
contribuir com a descoberta de novas habilidades, preparar o jovem para o Enem
e para a vida.
Saiba mais sobre o ensino médio integral aqui.