Educação em tempo integral discute o processo avaliativo durante aulas não presenciais

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Webconferência temática reuniu gestores e coordenadores dos Centro de Educação em Período Integral (CEPI)

As formas de avaliação e os instrumentos de análise do processo de aprendizagem dos estudantes foram tema de webconferência, realizada nesta quinta-feira (04/06) pela equipe da Superintendência de Educação Integral da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Coordenada pela superintendente de Educação Integral da Seduc, Márcia Rocha, a reunião contou com a participação de gestores e coordenadores pedagógicos dos CEPIs.

A partir da exibição de uma animação da Pixar, foi iniciado o debate sobre os objetivos da avaliação, em especial durante esse período de aulas não presenciais. Para a superintendente Márcia Rocha, as avaliações não devem ser feitas apenas com o intuito de cumprir as exigências, mas com um propósito. “Não basta criar mecanismos, não basta criar estruturas. Eu preciso saber o que eu farei com elas e para que eu estou fazendo tudo isso. Essa consciência pedagógica é fundamental para todo e qualquer trabalho que a gente desenvolva dentro da escola”, ressalta a superintendente.

Ainda sobre as avaliações, a reunião abordou a legislação que permeia o processo avaliativo durante o período de suspensão das aulas presenciais, em especial a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e a Resolução nº 2 do Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE). De acordo com Márcia Rocha, o momento não requer a atribuição de notas e a preocupação com o fechamento do bimestre, mas sim uma reflexão sobre o qualitativo, sobre como o estudante tem se desenvolvido e se formado nesse processo.

A superintendente ressaltou ainda que, durante o regime especial de aulas não presenciais, é fundamental que os instrumentos de avaliação tenham um caráter diagnóstico. “Isso funciona até para que eu (professor) tenha uma dosagem sobre como caminhar neste processo, uma vez que eu estou experimentando algo novo. A gente ainda não conhece, a gente ainda não tem segurança sobre como o processo de aprendizagem de fato se dará nesse momento”, afirma Márcia Rocha.

Portfólio
A webconferência também abordou os instrumentos de análise do processo de aprendizagem que tem sido utilizado, incluindo a produção de textos, vídeos e músicas; listas de exercícios; jogos e desafios. São esses instrumentos que, dentro do processo de avaliação, irão compor o portfólio do estudante.

Para a superintendente de Educação Integral, mais do que uma coletânea de atividades, o portfólio do estudante deve ser composto por uma essência. “Eu tenho que ter consciência do que eu estou solicitando para esse estudante fazer. E, mais do que isso, eu preciso ter clareza de qual é a lógica para esse desenvolvimento. Eu preciso mostrar que ele saiu de um nível mais simples para um nível de complexidade dentro de determinado período”, ressalta a superintendente.

A orientação é que o estudante seja o responsável pela criação do seu portfólio, tendo autonomia para participar do seu processo avaliativo. A composição deve ser feita com base nas indicações dos coordenadores pedagógicos e professores que, neste processo, são responsáveis por indicar quais atividades integrarão o portfólio e auxiliar na organização do plano de estudos do aluno.

Além da temática da avaliação, a reunião também esclareceu às equipes participantes quais são os papéis das equipes gestoras e pedagógicas na organização e de análise dos resultados durante o regime de aulas não presenciais. (Comunicação Setorial da Secretaria de Estado da Educação)